Para começar a semana, trago um assunto muito importante para nós, mulheres: o exame de colo de útero!

O Instituto Nacional do Câncer (INCA) estima que em 2020 mais de 16 mil mulheres serão diagnosticadas com câncer de colo uterino no Brasil. Isso representa a terceira neoplasia mais incidente nas mulheres, excetuando-se os tumores de pele. No mundo, a neoplasia do colo do útero é responsável por mais de 300 mil mortes por ano, sendo que 85% desse total acontece em países subdesenvolvidos.

A vacina contra o Papilomavírus humano (HPV) e o exame citopatológico do colo uterino, também conhecido como Papanicolau ou “exame preventivo”, são ferramentas muito eficientes para prevenir e detectar precocemente o câncer de colo de útero. Ambos estão disponíveis na rede pública do Brasil, entretanto, muita gente deixa de realizar o exame.

O exame

O exame Papanicolau tem esse nome em homenagem ao médico grego Georgios Papanikolaou, desenvolvedor do método que revolucionou a história da neoplasia de colo uterino na década de 1940. Por se tratar de exame de execução simples, rápida e indolor, no qual são coletadas amostras de células do colo do útero por meio do exame ginecológico, é muito difundido no mundo e recomendado pelo Ministério da Saúde como método de rastreio da neoplasia. “Este exame permite o diagnóstico de alterações celulares precursoras do câncer ou do tumor em estágio inicial, aumentando assim, as chances de cura”, explica o radio-oncologista, Rafael Salera, do Instituto de Radioterapia São Francisco.

Falta de informação

Em várias regiões do Brasil a taxa de realização do exame Papanicolau está abaixo da ideal, especialmente na população menos instruída, de forma que milhares de mulheres são diagnosticadas anualmente com câncer de colo uterino em estágios mais avançados. “Não é raro que muitas mulheres busquem atendimento médico pela primeira vez quando já apresentam algum sintoma, como sangramento vaginal anormal, dor pélvica ou corrimento vaginal fétido”, comenta Rafael.

“O atraso no diagnóstico prejudica a qualidade de vida, aumenta a agressividade do tratamento e diminui consideravelmente a chance de cura”, alerta o especialista.

Para o médico, políticas de conscientização sobre a necessidade do exame preventivo do colo uterino são extremamente necessárias. “Tanto para orientar os benefícios do rastreamento e diagnóstico precoce do tumor quanto esclarecer dúvidas sobre o procedimento”, diz. E assim acabar com mitos e acolher as mulheres para que a realização do exame não seja traumática sob nenhum ponto de vista.

Rafael Borges Salera é médico radio-oncologista, CRM nº 60170 – Instituto de Radioterapia São Francisco

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