A Copa do Mundo chegou ao fim! Uma festa linda, cheia de brilho, glamour, alegria e também choro, tristeza… A França foi a campeã, a Croácia ficou em segundo lugar, mas foi tão brilhante quanto o primeiro lugar; talvez até mais! Mostrou sua garra, sua força e, principalmente, sua humildade diante dos outros times! Até o último momento teve esperança! A Rússia, vista por tantas pessoas como um país arrogante, mostrou-se de braços abertos! Eu gosto muito de Copa do Mundo! Não só pelos jogos, pelo movimento nas cidades, mas pelos ensinamentos que ela traz sobre a vida. Como assim, Carolina?

Durante o maior evento de futebol do mundo, vários são os países envolvidos! Todos em busca de um único sonho: levantar a taça!!! Porém, apenas um time será o campeão! Neste ano, foi a França! Seu time jogou muito, mereceu! Mas os outros participantes não são perdedores! São vencedores também! Sem taça, é verdade; mas levam consigo aprendizado, garra, força, brilho. Chegaram a um mundial e jogaram com alegria!

Foto: internet

Em cada partida, os times dão o seu melhor, lutam. Há uma batalha, mas uma batalha sem guerra! Cada time usa todas as suas armas para vencer, mas existe paz! Ao final, todos se cumprimentam, sabem reconhecer o valor do outro. Nas arquibancadas, todos estão juntos, cada um pelo seu país; mas não se veem brigas, pelo contrário, torcedores “rivais” comemoram juntos, dividem sorrisos… Todos estão vivendo o sonho de participar de uma Copa do Mundo! Quanta diferença do que vemos nos estádios brasileiros, não? Nas ruas, todos fazem festa, há confraternização, há um encontro de culturas diversas. Isso é muito legal!

A Copa também nos ensina a lutar pelos nossos sonhos, nossos objetivos, saber competir. Teremos dias de vitórias e dias de derrotas! Mas, jamais, podemos abaixar a cabeça, desistir! Devemos reconhecer os nossos erros e fazer o possível para que eles não mais aconteçam. Porém, é preciso ir além: temos que reconhecer o valor do outro! Sim! Não basta querer vencer, é necessário saber perder; aceitar que o outro foi melhor ou teve “mais sorte”. Podemos resolver tantos problemas dessa forma! Aceitar mais, viver mais, ajudar mais! Mas isso precisa ser no dia a dia e não apenas a cada quatro anos, como uma Copa do Mundo!

Aceitar o outro como ele é; com seus defeitos, suas qualidades, suas imperfeições! Todos somos imperfeitos, diferentes! O que é ser normal? Não existe! Cada pessoa é única e, por isso, é especial!

Vivemos em um mundo onde se briga até na fila do supermercado! Não se respeita a fila preferencial, a vaga especial nas ruas; não se ajuda um deficiente visual a atravessar a rua; não doamos parte do nosso alimento para o outro… Que mundo é esse? O que mostramos aos nossos filhos? Se continuarmos em uma luta pela individualidade, pelo egocentrismo, para sermos melhores do que o outro sempre, não vamos a lugar algum! Nossos filhos viverão em um cenário de guerra!

Precisamos mostrar para os nossos filhos as diferenças entre as pessoas, povos e culturas; a importância da inclusão, do competir, do saber ganhar e perder, da aceitação, da esperança… Toda criança deve acompanhar os “bastidores” de uma Copa do Mundo!

É tão bonito quando vemos crianças brincando e uma ajuda a outra; a que ganhou, mesmo feliz, sofre porque a outra perdeu. Essa é a educação que devemos dar aos nossos filhos! É importante olhar para o outro e reconhecer o seu valor! Filhos são espelhos dos pais, repetem o que fazemos! Por isso devemos ensinar, dar exemplo! É tão triste quando uma criança zomba da outra, faz um comentário preconceituoso… As crianças não nascem assim; elas aprendem!

Foto: Darren Staples/REUTERS

Hoje deixo para vocês um recado: lembrem-se sempre da Copa do Mundo! Ensinem seus filhos a jogarem bem, a lutar pelos seus sonhos, a reconhecer o valor do outro, a cumprimentar o outro, a vibrar, a se emocionar, a chorar… Tudo faz parte da vida! Vida esta que passa muito rápido e, quando olhamos para o lado, o tempo passou e pode já ser tarde! Dizem que se você quer mudar o mundo, mude primeiro você!

 

*Foto em destaque: Christian Hartmann/Reuters

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