Dia das crianças chegando e muitos filhos pedem: “Pai, mãe, me dá um bichinho de estimação”; “Eu quero um cachorrinho”; “Eu quero um gato” e por aí vai… Mas como saber qual animal dar para a criança e se, realmente, está na hora do seu filho ter um bichinho? Conversamos com a veterinária Dra. Izabela Falco (CRV-MG 7364), do Animalle Mundo Pet (Belo Horizonte, MG), que vai nos ajudar bastante nessa decisão!

Sabemos que os animais são cativantes! É muito comum ver uma criança correr, durante um passeio pela praça, logo que vê um cachorrinho ou um gatinho. Mas ter um animal de estimação requer cuidados, atenção e muito amor.

Antes de tomar a decisão de dar ou não um animal para o filho, os pais precisam ter a consciência se estão dispostos e gostam da ideia de ter um animal em casa. Isso é fundamental! De nada adianta dar um bichinho para a criança se os pais não terão os cuidados necessários com o mesmo, afinal, apesar de darem um bichinho para o filho, a Dra. Izabela destaca que, os reais responsáveis pelo animal serão os pais da criança! Eles precisam gostar de animais!

Depois disso, é hora de pesquisar muito sobre os animais, tipos de raças, quais as suas características e necessidades. Para fazer a escolha certa é necessário que os pais saibam, com clareza, qual o perfil da sua família e qual animal se adapta melhor à rotina que levam. Como afirma a Dra. Izabela, hoje é muito comum as crianças terem como animais de estimação não só cães e gatos, mas, também, aves, roedores, peixes… Para a veterinária, cães e gatos são os mais indicados e procurados, por serem bem sociáveis. No entanto, pássaros como calopsitas, por exemplo, “quando comprados de lugares idôneos, são mais mansos, interagem e brincam com crianças”. Pequenos roedores também são interessantes como animais de estimação, mas, a Dra. Izabela indica para crianças com idade entre sete e oito anos, pois as menores não têm muita noção de força e podem, além de machucar o animal, machucarem-se também, pois, ao tentar se defender, o bichinho pode morder.

Como benefícios para a criança, a Dra. Izabela destaca a noção de responsabilidade: “Os pais podem dar tarefas facilmente executáveis, dependendo da idade da criança” e, assim, ela passa a ter compromissos com o seu animal de estimação como ter carinho, alimentá-lo, levá-lo para passear (no caso de cães); sem se esquecer de que são os pais quem respondem pelos animais! E mais, como afirma a veterinária: “existem estudos que falam que crianças que crescem com animais desenvolvem melhor a saúde, têm menos alergias e melhoram o desenvolvimento cognitivo”.

É importante lembrar, na hora de decidir qual animal dar ao seu filho, que todos os bichos demandam atenção e cuidados específicos. Como diz a veterinária: “os cães têm necessidades de passeios, banho e tosa, ou seja, precisam de mais atenção. Já os gatos, são um pouco mais independentes, conseguem ficar mais tempo sozinhos em casa; nem por isso, são menos carinhosos”. Ressalta-se que gatos gostam de crianças um pouco maiores; entretanto tem várias raças mais tranquilas que se dão bem até com bebês. Já roedores e aves não demandam tanta atenção, mas precisam estar sempre com as gaiolas limpas, serem alimentados, entre outros cuidados.

Jamais podemos esquecer que um animal é um ser vivo!!! Ele requer atenção, carinho, amor! Todo e qualquer animal precisa de cuidados, sendo assim, ao tomar a decisão de dar um animal para a criança, toda a família deve estar envolvida e animada com a chegada de um novo amigo. “Se o pai e a mãe não gostam de animais e a criança está pedindo um, vai acabar gerando um conflito familiar, pois a pessoa pode não estar preparada para cuidar de um animal e aí acaba se desfazendo do bichinho”. E, como ressalta a Dra. Izabela, esse abandono ou doação do animal para outra pessoa causa um estresse enorme para a criança, que facilmente cria um vínculo muito grande com o bichinho e, não menos importante, causa um sofrimento no animal! Ele é uma vida!

Os pais devem saber que, para se ter um animal, existem gastos que, como explica a doutora, “no começo são maiores, pois você tem que dar vacinas, comprar as coisinhas para os animais (potes, cama; vai variar conforme o animal). Depois entra em um equilíbrio: comprar ração, banho e tosa (no caso de cães. Dependendo da raça a frequência altera)”. Lembrando que, no caso de cães e gatos, pelo menos uma vez por ano, deve-se levar o animal ao veterinário para consulta, vacinas, vermifugar. Além disso, não se pode esquecer que, muitas vezes, existem gastos inesperados; o animal pode adoecer. “É lógico que você cuidando do animal direitinho, mantendo vacinas em dia, uma boa alimentação, a parte psicológica do animal estando boa, ele vai ter saúde e adoecer menos. Mas não se pode descartar a possibilidade do animal ter uma doença”.

Enfim, ter um animal é maravilhoso! É só ter um pouco de cuidado, disposição, carinho e muito amor! Se você gosta e seu filho também, com certeza essa relação será especial e inesquecível!

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