Na matéria de hoje, vamos falar sobre o sono infantil! Esse é um tema muito importante e que preocupa os pais. Será que meu filho dorme bem, dorme o suficiente, quantas horas de sono são necessárias? Os questionamentos são os mais diversos, porém, todos querem que seus filhos tenham noites de sono relaxantes e tranquilas! Mas, para isso acontecer, precisamos entender como funciona o sono!

O Canal Infantil entrevistou a psicóloga e consultora do sono, Ana Carolina Bonocielli, da Canggu Consultoria Materna (São Paulo, SP), para ajudar a compreendermos melhor como funciona o metabolismo do bebê e da criança durante o sono.

Ana Carolina Bonocielli – psicóloga e consultora do sono

Primeiramente, como explica Ana Carolina, “o sono tem algumas de suas funções ainda desconhecidas, mas muito já foi descoberto como quais áreas do cérebro se tornam ativas ou inativas, como a atividade celular muda e quais os neurotransmissores (substâncias químicas que transmitem estímulos elétricos entre os neurônios) são liberados ou inibidos”.

 

SONO INFANTIL

“É grande a importância do sono na vida diária, especialmente quando falamos em sono infantil, pensando no desenvolvimento físico e psicológico da criança e suas influências sobre o comportamento e o aprendizado. Um sono inadequado pode afetar o equilíbrio de todo o organismo a curto, a médio e a longo prazo, além de alterar o crescimento físico, o comportamento, o estado de humor, as emoções e a memória. Quando falamos sobre sono, precisamos falar sobre relógio biológico, um grupo de células que mantêm nosso ciclo sono/vigília funcionando em um ritmo de cerca de 24 horas, e também controla outras funções automáticas importantes, como a fome, a sede, a temperatura e os níveis hormonais”, destaca Ana Carolina.

Para entendermos por que muitos bebês acordam várias vezes durante a noite ou a criança não consegue dormir de forma tranquila, é preciso conhecermos como funciona o ciclo do sono. A psicóloga explica que “os padrões de sono começam a se desenvolver antes mesmo do nascimento. O feto parece nunca estar, de fato, acordado, alternando entre um sono calmo e sono ativo, precursores do sono não-REM (movimento não rápido dos olhos) e REM (movimento rápido dos olhos). Com o nascimento e o rápido desenvolvimento que se segue, uma das funções primordiais é a sincronização fisiológica do bebê com as relações sociais primárias, assim nós reajustamos o ritmo do relógio biológico por meio da exposição à luz pela manhã e à escuridão à noite”.

Se pensarmos nas funções do sono como fases distintas, podem ser assim divididas, como afirma Ana Carolina:

Fase 1

“É quando a melatonina, hormônio do sono (um hormônio secretado pela glândula pineal que regula o ritmo circadiano, ou seja, o relógio interno do nosso corpo, o ciclo sono/vigília), é liberada, induzindo o sono. Os níveis circulantes de melatonina podem ser alterados por vários fatores, sendo um dos principais, o ciclo claro/escuro ambiental. A produção de melatonina aumenta muito durante a noite e diminui durante o dia, com a presença da luz. Essa glândula, em bebês, ainda não é bem desenvolvida e, por isso, acaba tornando o sono imprevisível. É importante que, assim que o sol comece a se pôr, inicie-se o processo de ritual do sono do bebê pois, junto com o aumento da produção da melatonina, vai ser sinalizado para o corpo que é hora de descansar. Porém, acontece outro aumento significativo desse hormônio entre as duas e as quatro horas da manhã e permanece durante o tempo normal do sono, caindo abruptamente por volta das nove horas”, explica.

Segundo Ana Carolina, a alimentação também é importante para se ter uma noite melhor! “As duas principais biomoléculas envolvidas no sono são o neurotransmissor serotonina e o hormônio melatonina. O triptofano, considerado um indutor de sono, é encontrado em alimentos ricos em proteínas como carnes, derivados de leite, nozes, manteiga de amendoim, ovos etc. Especialistas trazem a importância de uma alimentação mais nutritiva, com alimentos ricos em triptofano, para ajudar pessoas com dificuldade para dormir.

E não por coincidência, encontramos triptofano no leite materno, ou seja, outra grande vantagem do aleitamento! Amamentar à noite pode fazer com que bebês durmam com mais facilidade.

Também deve-se evitar chocolates ou comidas gordurosas no jantar das crianças. A cafeína e os açúcares são excelentes bloqueadores de sono, por isso vale a pena reduzi-los quando a noite chega”, afirma Ana Carolina.

Fase 2

“Começa quando os ritmos cardíacos e respiratórios diminuem e há um relaxamento dos músculos e queda da temperatura corporal. No recém-nascido, normalmente, inicia-se a noite em sono REM (estado cerebral ativo), sendo que a proporção entre sono REM e não-REM vai diminuindo com o crescimento. Na criança, o sono inicia-se na fase não-REM, com predomínio dos estágios 3 e 4 na primeira parte da noite e com períodos breves de sono REM. Com o avanço da noite, os estágios 1 e 2 de não-REM, bem como o sono REM, vão ganhando maior predominância em cada ciclo, até ao despertar matinal, normalmente de sono REM ou dos estágios de sono leve (1 e 2) do não-REM. A proporção entre sono REM e não-REM vai mudando com o crescimento, acompanhando a maturação do sistema nervoso central”.

Cabe explicar aqui que, “o sono REM é um estado cerebral ativo, isto é, o corpo utiliza mais oxigênio do que quando está em sono não-REM. A quantidade de sangue que flui para o cérebro é maior, a temperatura do cérebro aumenta e as ondas cerebrais são ativadas novamente. Os músculos tem um tônus baixo especialmente na cabeça e pescoço, de maneira que a maior parte do seu corpo está funcional e transitoriamente paralisada. O sono REM tem como características principais, além dos movimentos oculares rápidos, a frequência cardíaca, a pressão sanguínea, a respiração e o fluxo sanguíneo para o cérebro aumentando e flutuando irregularmente”, destaca Ana Carolina.

E vejam que interessante: segundo a consultora do sono, “a medicina enfatiza que sem o sono REM, o cérebro, basicamente, esquece o que viu. Assim, um bom sono ajuda no aprendizado. Nesse período, o cérebro tem a função de memorizar, ou seja, de registrar as informações recebidas durante o dia. O neuropedagogo Pierluigi Piazzi diz que temos no cérebro o sistema límbico, que funciona como memória a curto prazo, e o cortéx, onde são armazenadas as informações a longo prazo. Para o cérebro armazená-las no córtex, precisa configurar ligações neurológicas alterando a estrutura cerebral. É justamente durante o sono da criança que parte das informações armazenadas durante o dia na memória de curto prazo vão para o córtex”.

Fases 3 e 4

Nessas últimas fases do sono é onde ocorre, de acordo com Ana Carolina, “o pico de liberação do hormônio do crescimento e da leptina (hormônio importante para a saúde e longevidade). Já o cortisol (conhecido como hormônio do estresse, pois nos ajuda a passar por momentos de tensão) começa a ser liberado, atinginso seu pico no início da manhã”.

Um detalhe importante é que, a fase profunda e mais longa do sono (não-REM), “diferente dos adultos (que chegam ao sono profundo de forma gradual), nas crianças, normalmente, saltam da sonolência e dos estágios mais leves do sono não-REM para o estágio 4 dentro de poucos minutos”, explica a consultora do sono.

 

HORMÔNIO DO CRESCIMENTO

Para quem não sabe, o crescimento da criança também está ligado ao sono! Para quem acha que dormir é só fechar os olhos e relaxar, o sono vai muito além do descanso!

Ana Carolina destaca que “o sono não-REM é muito importante para o crescimento da criança, pois é durante o mesmo que é produzido o hormônio do crescimento”.

Mas, afinal, o que vem a ser esse hormônio? Como explica a psicóloga, “ele é responsável não só pelo crescimento, mas também por manter o tônus muscular, evitar o acúmulo de gordura e a fragilidade dos ossos e, ainda, melhorar o desempenho físico, dando mais disposição à criança. Ele é liberado nos ciclos 3 e 4 do sono profundo e cessa no início da manhã, sendo seu pico de liberação entre as 23 h e 00h30. Sendo assim, é fundamental o bebê ter iniciado o processo de adormecer em horário anterior suficiente para que ele esteja nos estágio 3 e 4 do sono profundo. O melhor horário para as crianças se prepararem para dormir e assim atingirem o pico desse hormônio, é por volta das 20 h. Estudos provam que pessoas que dormem pouco, reduzem o tempo de sono profundo e, em consequência, a fabricação do hormônio do crescimento”.

 

HORMÔNIO DO ESTRESSE – CORTISOL

Esse é um hormônio fundamental para todos nós. Conhecido como hormônio do estresse, ele é responsável por nos ajudar a lidar com as tensões e a controlar o estresse. Ana Carolina afirma que “o cortisol é o nosso ‘despertador’, pois é liberado pela manhã. Os níveis de cortisol no sangue variam durante o dia porque estão relacionados com a atividade diária e a serotonina, que é responsável pela sensação de prazer e bem-estar. Porém, são, geralmente, maiores de manhã, ao acordar, e vão diminuindo ao longo do dia. Quando não dormimos, os efeitos podem ser semelhantes ao estresse, como ansiedade. Se o bebê apresenta sentimento de cansaço extremo durante o dia, isso pode fazer com que o nível de adrenalina seja mais alto durante a noite e não permita que o sono seja restaurador. E isso vale para as mamães também! É muito importante que elas descansem, pois, um problema da privação de sono é a inibição da produção da insulina (hormônio ligado ao diabetes) e o aumento da liberação de cortisol, de ação contrária à da insulina, aumentando a taxa de glicose. Com o ritmo alterado, pode gerar efeitos semelhantes ao estresse”.

 

HORMÔNIO DA SACIEDADE – LEPTINA

“Outra interferência durante o sono é a produção da leptina (hormônio que regula a saciedade), que ocorre durante a noite, na fase de sono profundo e, principalmente, no começo da manhã. A função da leptina é cuidar do apetite, aumentar o gasto energético para controlar a glicose e as gorduras. Assim, um sono inadequado não libera leptina, ou seja, a fome aumenta, diminui o controle da glicose e das gorduras, podendo levar à obesidade infantil”, afirma a psicóloga.

 

TEMPO DE SONO

Outro fator que causa muita dúvida nos pais é quanto tempo de sono é necessário para uma criança. Sabe-se que essas horas são fundamentais para se ter qualidade de vida! Ana Carolina explica que, segundo publicação da Academia Americana de Medicina do Sono (em 2016), a nova recomendação de sono ideal para cada faixa etária é a seguinte:

de 12 a 16 horas, incluindo sonecas (bebês de 4 a 12 meses);

de 11 a 14 horas, incluindo sonecas (entre 1 e 2 anos de idade);

de 10 a 13 horas, incluindo sonecas, se houver (entre os 3 e 5 anos de idade);

de 9 a 12 horas (de 6 a 12 anos);

de 8 a 10 horas (de 13 a 18 anos).

Ana Carolina explica que “um bebê recém-nascido dorme cerca de 16 horas por dia, mas não mais do que poucas horas por vez. Ele passa, em média, sete períodos de sono e vigília distribuídos ao longo do dia e da noite. Esses episódios variam de 20 minutos a cinco ou seis horas de duração e começam com um período de sono REM e, dependendo do tempo de sono, manifestam-se em uma série de ciclos REM/não-REM. Nas semanas iniciais, não deve haver padrão para o ciclo de sono. Quando o bebê tem aproximadamente três meses, o sono diurno começa com sonecas principais no meio da manhã e da tarde, e, algumas vezes, soneca breve no início da noite. Por volta de três ou quatro meses, o bebê ainda dorme treze horas por dia, mas seu padrão de sono se solidificou em cerca de quatro ou cinco períodos de sonos regulares ou previsíveis. Os períodos de vigília aumentam gradualmente durante o dia. Estudos realizados revelam que aos três meses, cerca de 70% dos bebês são capazes de dormir durante a noite, o que corresponde a um período de sono contínuo de cerca de cinco horas. Mas o estabelecimento desse ciclo depende da organização e maturação dos processos superiores do Sistema Nervoso Central (cada criança é uma).

Por volta dos seis meses, algumas crianças já se estabilizaram e os períodos de sono noturno aumentam e se tornam mais longos; os despertares noturnos vão diminuindo gradualmente. O sono noturno pode durar nove horas com despertares ocasionais e, além disso, duas sonecas de uma a duas horas por dia, uma durante a manhã e outra à tarde.

Com um ano, a maioria das crianças ainda dormem cerca de doze horas, com nove ou dez horas à noite. Às vezes acontece uma soneca após o almoço (dependendo da rotina da família). Por volta de dois anos, ela ainda pode dormir cerca de nove ou dez horas à noite, com uma soneca depois do almoço de uma ou duas horas de duração. Algumas crianças interrompem a soneca aos dois anos; outras continuam até os cinco anos. A eliminação da última soneca é a menos previsível de todas as mudanças do desenvolvimento nos primeiros cinco anos. Após a faixa de três a cinco anos, as crianças raramente tiram sonecas e começam a dormir menos à noite, diminuindo cerca de onze horas nos anos de pré-escola.

A fase entre cinco e doze anos é a mais desperta na vida de uma criança. A privação crônica do sono noturno pode proporcionar o reaparecimento das sonecas, mas esse padrão é incomum nas crianças com idade escolar, assim como consequência, temos a mudança de comportamento durante o dia”.

Vale dizer que cada criança é única e possui necessidades diferenciadas!

CAMA COMPARTILHADA

Outro ponto que vale a pena abordarmos é sobre dormir com os bebês e crianças na mesma cama (com os pais). Todo mundo já fez isso alguma vez na vida! E, vou dizer a verdade, para mim, não tem nada melhor que dormir sentindo o cheirinho e o amor do meu pequeno Matheus! Porém, compartilhar a mesma cama com os filhos pode ser algo perigoso! Estou falando da Síndrome da Morte Súbita Infantil.

Ana Carolina alerta que “não existe uma maneira garantida de se evitar essa síndrome, mas é possível reduzir o risco de maneira crescente, seguindo as recomendações da Academia Americana de Pediatria. Compartilhar uma cama com seu bebê não é recomendado porque está associado a um maior risco de asfixia acidental, estrangulamento ou aprisionamento. Os pais devem ser alertados quanto ao risco de morte súbita de crianças no primeiro ano de vida, sobretudo nos primeiros seis meses. As diretrizes de prevenção à morte súbita enfatizam a segurança do berço como dormir em decúbito elevado, não cobrir a cabeça, evitar excesso de roupas, remoção de edredons, brinquedos macios e protetores de berço etc”.

Se você quer ajudar seu filho a dormir bem e se forma saudável, Ana Carolina lembra que o processo de se manter sozinho na própria cama, a aquisição da capacidade de se confortar e adormecer é uma tarefa de aprendizagem para as crianças, que deve ser apoiada pelos pais. Mas, cabe dizer, que depende fundamentalmente de características temperamentais da criança como organização de uma área transicional satisfatória (processo de separação dos pais), temperamento e capacidade de autorregulação por parte da criança, além das condições exteriores e das atitudes parentais. Quando estas competências não são adquiridas, as manifestações clínicas podem ser variadas, desde oposição ao deitar, rituais intermináveis com o objetivo de adiar a hora de deitar até dificuldades de adormecimento ou despertares noturnos frequentes”.

Os pais devem estar dispostos e seguros para conseguir ajudar os filhos! Como ressalta a consultora do sono, “começar um ritual do sono do bebê é um bom passo, com objetivo de trazer sensação de segurança e, assim, o sono se aproximar sem resistência. O ritual de sono pode ser simples e deve ser escolhido individualmente pelos pais. Após o ritual, os pais colocam o bebê em seguida no berço. É fundamental que a parte final do ritual de sono não envolva alguma coisa que o bebê não é capaz de fazer sozinho. Como falamos anteriormente, as noites de sono são formadas entre quatro e seis ciclos de sono profundo e superficial, quando os despertares acontecem. Quando o bebê não sabe o que fazer para voltar a adormecer, ele acaba despertando completamente e precisa utilizar-se do choro para se comunicar, ou seja, se ele acordar no meio da noite e não conseguir realizar aquela determinada associação de sono, ele vai precisar que você o faça dormir novamente”.

 

ROTINA É FUNDAMENTAL

Os pais devem estar cientes da “importância da consistência dos seus comportamentos e da existência de uma rotina que englobe a regularização dos horários do sono e de outras atividades. Independente da técnica adotada deve-se esperar até que o bebê esteja física e emocionalmente pronto para dormir a noite toda, o que acontece entre quatro e seis meses de idade, e também respeitar o momento dessa mãe, seja por causa da amamentação ou outro motivo. Como cada bebê é único e cada mãe também, não existe certo e errado”, afirma Ana Carolina.

 

ALGUMAS DICAS DA CONSULTORA DO SONO PARA UM DORMIR MELHOR

– Observar, acompanhar e reconhecer os sinais de sono do bebê para saber o melhor momento para colocá-lo para dormir. Cada criança é diferente, assim essencial perceber quais as características que seu filho apresenta quando está cansado como, por exemplo, bocejar, coçar os olhos etc. Ao observar e identificar esse momento, comece todos os cuidados para colocá-lo para dormir, sempre que possível ainda acordado/sonolento;

– o ideal é que o lugar em que o bebê vai adormecer seja o mesmo que vá permanecer enquanto dorme. Já experimentou acordar em um lugar totalmente diferente que você adormeceu? É uma sensação bastante estranha que pode fazer com que os despertares entre os ciclos seja marcado de insegurança e medo, impossibilitando que adormeça sozinho novamente;

– checar o ambiente! Exposição à luz natural pela manhã e diminuição da luz à noite; menos barulho e pouca iluminação são fundamentais para manter um ambiente mais sereno;

– manutenção das sonecas do dia, em alguns casos e idades;

– após os quatro meses, conhecendo melhor seu filho, você pode identificar qual melhor jeito para induzir ao sono e criar sua própria rotina perto da hora de dormir. O ritmo circadiano também rege-se por indicações sociais como horário das refeições e hora do banho; então, manter a consistência das atividades no final do dia pode auxiliar na indução do sono. A rotina leva as crianças a saberem o que esperar e essa previsibilidade é algo vital quando somos pequenos;

– organização do momento de adormecer para que seja tranquilizante, sem criar rituais de sono demasiado complicados ou rígidos, que podem tornar-se angustiantes para a criança e para a família.

– Redução progressiva da estimulação ao se aproximar da hora de dormir. Brinquedos, televisão e eletrônicos como tablets e celulares dificultam a indução do sono. Muito se fala em deixar a criança cansada para que ela durma melhor, porém, isso se aplica apenas a algumas crianças e não é recomendado que isso aconteça pouco antes de dormir;

– a comunicação também fará bastante diferença, independente da idade do seu bebê, e precisa ser mais valorizada, uma vez que muitos especialistas afirmam que os bebês entendem bem mais do que os pais imaginam. Os pais podem usar a comunicação verbal (explicar o que está acontecendo, que chegou a hora de dormir) e a não verbal (levar a criança para o ambiente de dormir, trocar a roupa pelo pijama);

– podem ser usados também objetos transicionais, ou seja, objetos investidos de afeto pela criança e que a apoiam no processo de separação dos pais quando passa da vigília para o sono. O objeto de transição é um mediador entre mãe e filho, a si mesmo e ao meio ambiente, mundo interior e exterior. Mas é essencial que não seja utilizado durante todo o tempo, mas apenas durante a hora de dormir.

Ana Carolina lembra que “todas as estratégias devem ser discutidas com os pais a fim de se encontrar as ideais para cada criança ou família. É fundamental, perante um problema de sono, detectar se há outro tipo de patologia do foro psiquiátrico ou orgânico. A Consultoria de Sono Infantil vai além de criar tabelas de sono. Ela busca compreender a dinâmica da família e organizar essas informações para que a família atravesse as transformações, provindas da chegada do bebê, com todo apoio, atenção e empatia, no objetivo de resgatar a confiança e bem-estar da família”.

Lembre-se, toda rotina leva um tempo para acontecer! Jamais critique seu filho ou fale duramente com ele caso desperte várias vezes ou esteja com dificuldade de adormecer. Tenha sempre muito carinho! Prestar atenção no que o seu filho sinaliza é fundamental!

 

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