A matéria de hoje é sobre um tema que tem sido bastante divulgado atualmente: auriculoterapia. Muitas gestantes e mães no puerpério têm recorrido a essa técnica. Mas, afinal, o que ela tem de tão especial?
Para falar sobre o assunto, conversei com o casal de fisioterapeutas, Mônica Molha Romero e Carlos Henrique, da Smart Nap Assessoria, que trabalham com a auriculoterapia entre outros serviços. Carlos Henrique é fisioterapeuta do Hospital Albert Einsten, com especialização em terapia intensiva e cardiorrespiratória pela USP, professor de Pilates e certificado em Auriculoterapia. Mônica Molha Romero é fisioterapeuta com especialização cardiorrespiratória, consultora materno infantil (enfoque no sono), instrutora de Shantala e formação em Programação Neurolinguística.
Para melhor entendermos, o casal explica que “a auriculoterapia é uma das técnicas mais antigas de acupuntura, referida em documentos que datam de 500 a 300 a.C. É um tipo de tratamento terapêutico que consiste em estimular os pontos cutâneos que estão distribuídos pelo pavilhão auricular (orelha), através de micro agulhas, sementes ou materiais específicos. Esta técnica vem sendo amplamente praticada ao longo dos séculos e alguns pesquisadores apontam que as suas raízes vieram do Egito, não só na cultura oriental. A acupuntura, a auriculoterapia e a acupressão são algumas das terapias da Medicina Tradicional Chinesa – MTC”.
Cabe ressaltar que, “o diagnóstico por auriculoterapia é feito através da observação do pavilhão auricular o qual, quando há um distúrbio no organismo, apresenta algumas alterações na coloração, textura e/ou sensibilidade, indicando qual área do corpo está sofrendo alguma disfunção ou problema”, destaca Mônica.
A grande procura pela terapia é devida aos bons resultados para o tratamento de cerca de 250 enfermidades. Como afirma o casal, “os principais objetivos da auriculoterapia são: enfermidades de caráter funcional, enfermidades de caráter psico-emocional e enfermidades físicas. Cada parte do corpo humano tem sua representação em um local específico do pavilhão auricular (orelha externa), portanto, cada ponto recebe o nome de um órgão, víscera, membro e/ou função do corpo humano, além de exercer alguma ação sobre a área do corpo correspondente ao seu nome. Sendo assim, a estimulação dos pontos auriculares por meio de agulhas ou sementes gera um estímulo periférico, que desencadeia uma série de reações neurológicas e bioquímicas no sistema nervoso central, promovendo a liberação de substâncias como endorfina que promovem equilíbrio na região a ser tratada”.
GESTAÇÃO
Uma dúvida de muitas mamães é se o tratamento por meio da auriculoterapia pode ser feito durante a gestação. Carlos Henrique ressalta que “não há contra indicação durante a gravidez, exceto se houver algum motivo médico. Vale ressaltar que a mulher deve procurar um profissional especializado, capacitado, para que não haja risco de malefícios e incômodos para aquele momento da gestação”. O fisioterapeuta ainda explica que “o melhor seria se a técnica fosse aplicada antes da mulher engravidar, assim, o corpo poderia ser preparado como um todo e os pontos identificados em desequilíbrio seriam estimulados, buscando alinhamento de energias e solução de problemas pontuais”.
É muito importante dizer que cada paciente é único! Na avaliação, o profissional vai verificar as reclamações específicas daquela pessoa. “Cada paciente e cada organismo vai apresentar suas necessidades, energias acumuladas causando desequilíbrio, dor, cansaço e outras queixas que são muito individuais, portanto, a abordagem na auriculoterapia é totalmente personalizada. Alguns objetivos mais frequentes, ao usarmos a auriculoterapia, são: diminuir ansiedade, melhorar o trabalho intestinal, trazer efeito analgésico e reduzir tensões, melhorar o sistema imunológico, mitigar desconforto gástrico – azia”, destaca Carlos Henrique.
PUERPÉRIO
Outro momento em que se procura muito a auriculoterapia, segundo Mônica, é no puerpério. Ela ressalta que “assim como os objetivos são variáveis durante a gestação, no puerpério, eles serão reavaliados e redefinidos com a mulher, sempre pensando em priorizar o bem-estar, trazer conforto e equilíbrio entre os órgãos, para que o corpo funcione com sua potência otimizada. Uma possibilidade da auriculoterapia no puerpério é ajudar na estimulação de leite (quando não houver outros fatores intrínsecos interferindo)”.
Para quem quer conhecer a auriculoterapia, uma consulta com um profissional qualificado é muito importante. O casal destaca que os benefícios são vários e os resultados significantes. “A paciente poderá sentir, tanto no ponto estimulado, ou na orelha (de forma difusa) quanto em outra parte do corpo, algumas sensações de calor e dor e estas sensações são esperadas e até consideradas normais, pois indicam que aquele ponto é reagente e que provavelmente o corpo irá responder bem ao estímulo de tratamento. Os benefícios são inúmeros e podemos citar alguns, como: alívio de dor crônica (exemplo: enxaqueca, lombalgia, paciente oncológico), controle de ansiedade, indução do sono (melhora no quadro de insônia), redução de alergias respiratórias, otimização do trabalho intestinal, reforço para o sistema imunológico, trabalho contra fobia e depressão, preparação para o parto (melhorando o limiar álgico), coadjuvante no tratamento de emagrecimento, entre outros. Sendo mulher, homem, idoso ou criança, os objetivos terapêuticos e seus respectivos benefícios são muitos”, conclui o casal.
*Fotografia: PhotoGrid
@smartnapassessoria por Mônica Molha Romero
Consultora materno infantil, enfoque no sono.
Instrutora de Shantala.
Palestrante.
Fisioterapeuta – especialização cardiorespiratória.
Formada em Programação Neurolinguística – PNL.
Mamãe da Chantilly e do Suspiro.
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