Uma síndrome que muito tem preocupado os pais é a Pé, Mão e Boca. Desde o ano passado, tem-se falado muito sobre essa doença. Com a chegada do período mais frio, os pais devem ficar bem atentos, pois a incidência da doença aumenta.

Recebi da Árvore Gestão de Relacionamento um artigo, com entrevista da Dra. Maíra Batista Moreira, médica pediatra do Hospital Vila da Serra, que traz todas as informações que devemos saber sobre a síndrome Pé, Mão e Boca. Confiram!

Dra. Maíra Batista Moreira, pediatra

MÉDICA EXPLICA O QUE É A SÍNDROME PÉ, MÃO E BOCA QUE TEM CIRCULADO ENTRE AS CRIANÇAS MENORES DE CINCO ANOS

Nas últimas semanas, os pais têm demonstrado preocupação com uma doença que, neste ano, está circulando com maior incidência entre as crianças, principalmente abaixo dos cinco anos de idade.  Trata-se da Síndrome Pé, Mão e Boca, muito comum no período frio e seco.

A Dra. Maíra Batista Moreira, médica pediatra do Hospital Vila da Serra, explica o que é a Síndrome, o que causa a doença, os riscos para a criança e como é o tratamento.

O que causa a doença?

É uma Doença VIRAL altamente contágios, sendo seu principal causador o Vírus Coxsackie A16. É uma doença viral, benigna, autolimitada. Dura de quatro a sete dias.

 

Como é o contágio?

O contagio se dá através de contaminação fecal-oral.

Mãos sujas, saliva, gotículas respiratórias de pessoas infectadas, ou indiretamente por objetos ou alimentos infectados.

 

Como prevenir?

A prevenção pode ser feita ao evitar locais com aglomerados de gente. É importante orientar aos pais e cuidadores que lavem bem as mãos antes e após manuseio de fraldas e alimentos.

Cuidar da saúde intestinal visando uma melhora da imunidade. Recomendo atividade física associada a uma alimentação saudável com “comida de verdade”. Evitar industrializados, pois em sua maioria são ricos em açúcar, lactose e glúten. Esses alimentos são altamente inflamatórios e, independente se o indivíduo tenha alergia ou não, não fazem bem à saúde de ninguém.

 

Existe alguma época do ano em que a síndrome é mais comum? 

A doença é mais comum no outono devido o tempo ser mais frio e seco. As pessoas tendem a ficar mais aglomeradas nessa época do ano, o que ajuda na maior circulação do vírus.

 

Qual é a faixa etária de maior risco para contaminação? Por qual motivo?

Crianças menores de 5 anos são as mais afetadas, porém adultos também podem ser infectados. A infecção acontece mais em crianças devido sua imunidade ficar mais baixa nessa época do ano.

 

Quais são os fatores de risco?

Imunidade baixa, má alimentação, falta de higiene  e contato íntimo colocam as crianças em risco para a contaminação.

 

Quais são os sintomas?

Febre baixa, falta de apetite, mal estar, fraqueza, aftas dolorosas, gânglios no pescoço, lesões eruptivas nas mãos, punhos e pés. As lesões também podem aparecer em região de fraldas.

 

Como identificar? Existe algum exame especifico?

A doença pode ser identificada pela história clínica e pelos sinais e sintomas descritos acima. O seu diagnóstico é clínico, ou seja, não existe exame específico.

 

Como é realizado o tratamento?

O tratamento é sintomático, por meio de analgésicos, antitérmicos e hidratação severa. Se não evoluir com complicações ele é feito em caráter ambulatorial.

 

Quais são as complicações possíveis?

Pode evoluir para encefalite, meningite VIRAL, miosite (inflamação muscular), infecções secundárias e desidratação. Por isso, é muito importante que os pais e cuidadores acompanhem a criança durante o período de infecção e apliquem o tratamento correto.

 

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