Muitas pessoas me pediram e hoje eu trago para vocês uma matéria sobre Shantala! Que é uma massagem, muita gente sabe. Mas, você conhece os benefícios? Sabe se ela pode ou não ser realizada em qualquer bebê, em qualquer idade?

Conversei com a Mônica de Rezende Molha Romero, fisioterapeuta supervisora do serviço de fisioterapia do Hospital Santa Virgínia (São Paulo), que é especialista em Consultoria Materno Infantil, com foco em Consultoria do Sono para gestantes e mamães com bebês de 0 a 5 anos, e instrutora de Shantala. Ela me explicou tudo sobre este assunto!

Primeiramente, cabe dizer que “a Shantala é mais do que um método de massagem, é um ato de amor e conexão profunda entre o bebê e quem aplica. Há relatos de que a técnica foi descoberta por um médico francês, em meados dos anos 70. Ele observou uma mãe aplicando alguns movimentos diferenciados em seu filho e ficou intrigado com a energia e a harmonia entre os dois. Quando retornou ao seu país, passou a pesquisar sobre a tal massagem e escrever livros, batizando a massagem com o nome da mulher que havia conhecido: Shantala”, explica Mônica.

Essa técnica tão difundida nos dias atuais tem inúmeros benefícios para o bebê, principalmente a ligação entre o mesmo e o adulto que aplica a técnica. Segundo a fisioterapeuta, “A Shantala possibilita a criação de laços estreitos entre o bebê e o adulto (seja mãe, avó, pai, tia, etc.). Os movimentos têm como objetivo acalmar o bebê, dessensibilizá-lo em relação ao toque, promover momento de afeto entre os envolvidos, estimular os movimentos peristálticos (trânsito intestinal, que ainda é imaturo) e trazer alívio para as cólicas. O toque através dos movimentos estimula o sistema cardiovascular, auxilia na respiração, reduz o estresse, promove acolhimento e favorece muito na indução ou preparação para o sono”.

Vale lembrar que “o ideal seria que a massagem fosse aplicada pela pessoa que tem mais contato com o bebê, ou seja, a que está ativa nos cuidados diários, geralmente é a mãe ou o pai, no entanto, não há contraindicação que seja aplicada por terceiros”, afirma Mônica.

É muito comum as mães quererem fazer a Shantala nos bebês! Entretanto, tem algumas questões que devem ser observadas! Mônica explica que “alguns movimentos leves de extremidades (braços e pernas), ou até mesmo nas costas podem ser apresentados aos recém-nascidos, para que eles comecem a se acostumar e tolerar o toque. Porém, o contato deve ser gradual nos primeiros dias.

A massagem não é iniciada de forma completa antes dos 30 dias de vida, porque precisamos aguardar a cicatrização do coto umbilical. Em caso de recém-nascido prematuro, o tempo de início é mais prolongado. Exemplo: se o bebê nasceu de sete meses, devemos aguardar três meses (seriam dois meses equivalentes à gestação que foi interrompida e mais um mês, que é o tempo recomendado). Para os bebês a termo, após o primeiro mês de vida, a massagem pode ser aplicada de forma completa, pois eles já estarão preparados para recebê-la”.

E um alerta: “não recomendamos aplicar a Shantala em bebês com febre, em caso de diarreia ativa, resfriado ou se houver restrição médica. Contraindicações absolutas: o bebê não deve ser massageado quando estiver com fome (estômago vazio), tampouco imediatamente após a mamada. Nesses dois momentos a restrição é absoluta, mas, após a digestão (ideal aguardar no mínimo uma hora após amamentação), a massagem pode ser aplicada”, ressalta a fisioterapeuta.

E o que é mais legal da Shantala, como destaca Mônica, é que “a massagem não é prejudicial, portanto pode ser aplicada até a idade que a criança aceitar recebê-la ou até quando o adulto puder oferecer. Na maioria das crianças, a Shantala é aplicada até a fase pré-escolar”. O que ajuda, e muito, a reduzir a ansiedade, muito comum nessa fase!

Que tal começar a fazer Shantala no seu bebê?

 

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