E a matéria de hoje é sobre os cuidados com bebês e crianças no verão!
Em dezembro, começa uma das estações mais queridas por todos: o verão! Mas, nesse período, todo o cuidado é necessário. Os pais devem estar atentos à pele dos filhos para evitar transtornos. Entrevistamos o Dr. Renilson Rodrigues, pediatra e gastroenterologista infantil (Natal, Rio Grande do Norte) que nos explicou tudo sobre o assunto.
Como sabemos, o sol é muito importante para todas as pessoas, em qualquer faixa etária. No entanto, para que os pais definam o melhor horário de expor o filho ao sol, “é preciso levar em conta a faixa etária da criança, antes e depois dos seis meses de vida. Bebês e crianças podem e devem tomar sol. É importante a criança receber os raios solares diretamente na pele. Pelo menos vinte centímetros da sua área de pele deve ser exposta ao sol. Nos bebês, para fase final de tratamento de icterícia (cor amarelada na pele) e para absorção de vitamina D, recomenda-se a exposição direta ao sol, só de fralda e com proteção ocular, entre seis e oito horas da manhã e depois das dezesseis horas, por cinco a dez minutos diariamente e, depois, duas vezes por semana até completar seis meses de idade. A partir daí, a criança pode ir inclusive à praia, mas já com cuidados específicos como uso de roupas, chapéus e fotoprotetor de pele para evitar queimaduras e o efeito cumulativo do sol”, destaca Dr. Renilson. Cabe lembrar que, para absorção de vitamina D, também se faz necessário administração, por via oral, de vitamina D em gotas.
BENEFÍCIOS E RISCOS
O pediatra afirma que “são vários os benefícios do sol, desde a remissão da icterícia fisiológica do recém-nascido e lactente, a absorção da vitamina D, dentre outros”. Porém, ressalta que existem riscos. “Tempo excessivo de exposição solar em horários de pico de irradiação UVA e UVB podem levar a queimaduras e o efeito cumulativo do sol, a longo prazo, ao câncer de pele”.
Cabe lembrar aos papais de plantão que quando não há sol aparente, apenas um mormaço, os cuidados devem ser os mesmos, pois ainda passam raios ultravioletas!
Muitos pais pensam que basta passar protetor solar que tudo está resolvido! Não é bem assim! Dr. Renilson explica que “até os seis meses de idade não é indicado exposição por tempo prolongado ao sol e não existe fotoprotetor adequado. Só a partir dos seis meses é que existem fotoprotetores, fator 30, hipoalergênicos, que podem ser usados. Mas sempre junto a roupas adequadas e chapéus redondos de abas grandes para proteger a face e a nuca”. Ao iniciar o uso de protetores, Dr. Renilson lembra que é importante os pais fazerem um teste: “passar o produto na face interna do braço e esperar uns vinte minutos para observar possível alergia, se ocorrer, mudar de marca”.
Uma dúvida muito comum entre os pais é qual protetor usar. O pediatra explica que, a partir de seis meses, o ideal é usar fator de proteção 30 que seja hipoalergênico. Eles possuem filtros mais físicos do que químicos, por isso são menos irritantes para a pele das crianças”.
INDO À PRAIA E AO CLUBE
Os pais, logo que os bebês nascem, ficam já imaginando o dia que vão levá-los à praia, ao clube. Porém, cabe aqui fazer uma importante ressalva, não só com relação ao sol: “só a partir dos seis meses os bebês estão liberados para esses lugares. Aglomerações, barulho, excesso de sol podem fazer mal ao bebê. Lembrem-se também que o bebê precisa de usar roupas adequadas com proteção solar, protetor solar 30, chapéu circular de abas grandes, tomar bastante líquido e comer frutas, além de hidratar a pele após o banho. Essas são dicas de extrema importância para a boa saúde e segurança dos bebês”, destaca Dr. Renilson.
HIDRATAÇÃO DA PELE
Sobre a hidratação da pele após a exposição ao sol, o pediatra explica que se faz necessário “desde cedo, pelo menos uma vez ao dia, e com hidratante específico para criança que é mais hipoalergênico, tem menos corante e menos perfume. Infelizmente, no Brasil, eles são bem mais caros e os mais baratos não hidratam nada e podem causar irritação na pele. Ao contrário do protetor solar, o hidratante não tem idade mínima para poder ser utilizado. Deve ser usado desde o início, até cinco minutos após o banho, uma vez ao dia, visto que água quente e sabonete comumente levam a desidratação da pele”.
MUITO CUIDADO
Um alerta: no caso de haver alguma queimadura na criança, os pais devem levá-la, “assim que possível, ao pediatra. Mas, se tiver alguma lesão de pele que gere dúvida urgente dos pais, a criança deve ser levada para um pronto atendimento. Não usar produtos sem orientação médica. Apenas lavar a lesão com solução fisiológica a 0,9%”, ressalta Dr. Renilson.
Como vimos, sol é vida! Tomar sol é muito importante! Basta seguir as orientações do Dr. Renilson e aproveitar esta estação do ano que se inicia no próximo mês!
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