Maria Carolina ScarantiMuitas mulheres estão preocupadas com a nova lei que dispensa as gestantes do trabalho presencial. Confiram o que diz a ginecologista do Vida- Centro de Fertilidade, Alessandra Evangelista, sobre o assunto.
Entrou em vigor a lei que dispensa as gestantes do trabalho presencial com o intuito de reduzir a contaminação pela Covid. As grávidas continuarão recebendo o salário e ficam à disposição da empresa para trabalhos em home office. Especialistas afirmam que, enquanto pelo menos 60% da população não estiver vacinada, com as duas doses, a importância de se proteger continua sendo prioridade.
Vale lembrar que, no ano passado, as gestantes foram eliminadas do grupo de riscos e, hoje, elas têm prioridade na vacinação. Segundo a ginecologista do Vida- Centro de Fertilidade, Alessandra Evangelista, tirar as grávidas do grupo de risco não foi um erro, mas um pouco precipitado. “Como a doença é muito nova e com muitas nuanças, é normal que as coisas sejam revistas durante a pandemia, principalmente com o surgimento de variantes. A doença tem mudado o seu padrão, infelizmente aumentou o número de gestantes infectadas e com complicações mais graves, assim como vimos uma mudança também na faixa etária mais acometida. O importante é que seja sempre revista e reavaliada a importância dos grupos de risco como as gestantes”, afirma a especialista.
A médica explica que sancionar essa lei é muito importante tendo em vista que a gestante não deve se expor, deve sim trabalhar de casa, não pegar transporte público ou ter que frequentar restaurante para se alimentar durante o expediente. Não estar em contato com outras pessoas que podem estar contaminadas, vai permitir uma maior segurança desse grupo.
A ginecologista também esclareceu dúvidas sobre a vacinação e fez um alerta para os cuidados em casa:
Sobre a vacinação deste grupo, o que se recomenda?
O recomendado é sempre ouvir a opinião do obstetra da paciente. Sabemos que tanto o Ministério da Saúde quanto a Anvisa suspenderam a vacinação com a vacina AstraZeneca, então é importante reavaliar a vacinação apenas com vacinas que utilizem uma tecnologia já permitida nas gestantes, que é justamente a de vírus mortos, como a Coronavac. Alguns médicos têm pedido isolamento social, cuidado extremo para não contrair o vírus e evitar a vacina. A gente sabe que é praticamente impossível estar isolado hermeticamente contra o vírus, mas alguns especialistas realmente estão orientando a não vacinação por receio devido às complicações que infelizmente nós tivemos.
– As grávidas estão tendo algum sintoma após a vacina contra o Covid? Caso tenham, como proceder?
A principio algumas grávidas têm apresentado sintomas semelhante ao do Coronavírus, como febre, cansaço, prostração. Algumas têm apresentado coriza, tosse… A orientação sempre vai ser entrar em contato primeiro com o médico responsável e, caso ele veja necessidade, uma ida à emergência. Não vamos nos precipitar, alguns desses sintomas têm sido realmente autolimitados, no dia seguinte a gestante já está melhor. Às vezes é só descansar, utilizar medicações analgésicas e tudo fica bem.
– Em casa, quais os cuidados que a gestante devem ter para se proteger do vírus?
É uma doença nova. Ela muda a cada instante, então sabemos que temos sempre que estar com as mãos limpas, evitar tocar nariz, olhos e boca com as mãos sujas. Manter distanciamento de aglomerações é essencial. Em casa, a gestante também deve evitar aglomerações, é um risco receber pessoas. É importante que ela mantenha o cuidado com a limpeza, tanto de produtos que vem da rua – embora já saíram publicações dizendo que não há risco de contaminação através de superfícies com a Covid-19, mas não custa se precaver – e evitar abraços, beijos, mesmo que seja de familiares próximos e amigos, vamos guardar as nossas gestantes.
Assessoria de Imprensa: Sallum Comunicação Estratégica