O esporte é hoje considerado um grande motivador para as crianças! Com tantas modalidades e tantos eventos esportivos (Olimpíadas, Copa do Mundo, Campeonatos), as crianças interagem muito mais com as atividades e sentem prazer em assistir e praticar os esportes que tanto são divulgados nas mídias. Muitos vão além de simplesmente praticar um esporte, querem competir, ganhar troféus, crescer dentro da sua modalidade preferida e até se tornar um ídolo, já pensou?
O esporte traz inúmeros benefícios (como já falamos aqui no Canal Infantil) como socialização, organização, disciplina, rotina e, claro, muita saúde! Porém, é comum vermos crianças que fazem atividades físicas e logo enjoam, querem parar. Por que isso acontece?
Conversamos com o Dr. Carlos Eduardo Reis da Silva, pediatra e Médico do Esporte (Belo Horizonte, MG), para entendermos melhor sobre este assunto.
Como qualquer atividade, o esporte pode gerar muito prazer como também muito estresse. É muito importante, antes da criança começar a fazer qualquer modalidade de esporte, os pais a levarem para uma avaliação médica. Isso vale para qualquer idade! Só o médico é capaz de dizer se a criança está apta ou não para tal esporte. Conversem com o pediatra! Além disso, ter um acompanhamento nutricional também é válido!
O Dr. Carlos Eduardo alerta para que “antes de dar início, deve-se entender como o esporte e/ou exercício físico irá se inserir na vida da criança e da família e como tornar este fato um evento agradável e produtivo. Uma avaliação médica direcionada pode auxiliar bastante nessa questão”.
Vale lembrar que, ao escolher fazer um esporte, toda a família deve estar unida e ter ciência de tudo que o envolve, desde levar e buscar a criança até como essa atividade vai afetar a vida do seu filho.
É comum os pais colocarem a criança em várias atividades distintas. Dr. Carlos Eduardo afirma que isso não é um problema, “entretanto, deve-se ter cuidado para não massacrar a criança; além de estar atento à questão nutricional e repouso. É importante permitir que a criança tenha tempo para se divertir de outras formas. Uma atividade coletiva e uma individual seria uma opção bastante adequada neste caso”.
Outro ponto que devemos destacar é que fazer vários esportes pode sim ser interessante, pois “dá a oportunidade de a criança desenvolver todo o seu repertório motor e buscar uma modalidade na qual ela se sinta bem, independente dos desejos familiares. Mas, deve-se observar o impacto disso na dinâmica familiar e na da criança. Após certa idade (em torno dos 10, 12 anos), deve-se optar por apenas uma modalidade conforme a aptidão, vontade própria da criança, etc.”, afirma Dr. Carlos Eduardo.
A criança deve sim ter autonomia para escolher aquilo que gosta mais de fazer, que lhe dá prazer. Muitas seguirão o esporte por toda a vida; outras, com o passar do tempo, buscarão outras atividades físicas. O mais importante é criar na criança o hábito de cuidar da saúde. Atividade física, seja ela qual for, traz inúmeros benefícios para o corpo e para a mente!
O cuidado que os pais devem ter é para que o filho não enjoe do esporte. Isso acontece, segundo o Dr. Carlos Eduardo, “por vários fatores como pressão externa, cobrança, falta de envolvimento com o grupo, entre outros”. É importante os pais acompanharem as atividades dos filhos para detectar qualquer mudança de comportamento.
Quando a criança começa a praticar um esporte, os pais devem verificar se ela gosta daquela atividade e como ela lida com as situações, para evitar o estresse e algum problema maior. Muitas crianças dão início ao esporte que os pais desejam ou gostam, não conseguem perder, ficam frustradas facilmente, comparam a sua atuação com a dos outros membros da equipe, querem realizar tarefas de maior complexidade que ainda não são capazes, definem objetivos muito acima do que é esperado para a idade. Isso acaba gerando desânimo e logo elas enjoam do esporte!
Competir, dentro de uma modalidade esportiva, não faz mal algum! Inclusive, competição faz parte da vida! Competimos o tempo todo seja em casa, na escola, no trabalho. O que não pode é a competição se tornar algo além dos limites da criança. Deve-se sempre buscar o respeito ao desenvolvimento, aos limites e expectativas da criança.
Por isso, é muito importante ouvir os filhos! O que eles acham do esporte, o que gostam de fazer, ajudá-los a lidar com os desafios, mostrar que existem dias de vitórias, mas que se perde também no jogo.
Os pais são fundamentais nesse apoio! Caso haja necessidade, busque também ajuda profissional. E, não se esqueçam, antes de começar qualquer atividade física, consulte o pediatra do seu filho! Além de verificar a saúde, ele pode ajudar na escolha da melhor modalidade!
Quer saber sobre algum esporte específico? Escreva para: carolina.canalinfantil@gmail.com
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