Quando nasce um filho, nasce também uma mãe! Essa é uma frase muito conhecida e muito falada. Todos se lembram da mãe, que é ela quem vai cuidar, ficar em casa com o filho, alimentá-lo, dar banho… Enfim, a mãe torna-se a figura principal para o filho. Mas, e o pai? Quando nasce um filho, não nasce também um pai? Por que só falar da importância da mãe para o filho? Gente, o pai é fundamental! E ele pode sim ter um papel de presença, apoio e tarefas dentro de casa com o filho! Por que não?

Para falar sobre o que é ser pai, eu tive a honra de conversar com o papai mais famoso e POP do Brasil (e de outras partes do mundo também): MARCOS PIANGERS!

O que falar desse homem que é um dos maiores exemplos de pai presente? Uma pessoa que possui mais de 3 milhões de seguidores no Facebook, quase 500 mil seguidores no Instagram, vendeu mais de 150 mil exemplares de livros dentro e fora do País, realizou centenas de palestras, tem milhões de ouvintes no programa de rádio, é super famoso, mas consegue, acima de tudo, ter tempo para sua esposa Ana e suas filhas Anita e Aurora e não perdeu seus valores e sua humildade! É realmente emocionante ouvi-lo falar e aprender com seus ensinamentos.

Uma das responsáveis por Piangers ser este homem simples, de caráter e cheio de amor é sua mãe, Dona Eloisa Piangers! Ela, que criou o filho sozinha, em Florianópolis, conseguiu fazer do pequeno Marcos, um grande homem: MARCOS PIANGERS!

Antes de se tornar pai, Piangers tinha uma vida de estudante. “Fazia faculdade de Jornalismo, na Universidade Federal de Santa Catarina. Lá encontrei minha esposa, nos conhecemos por ali e ficamos juntos. Tivemos a Anita, no começo da nossa década de 20. Tínhamos 23, 24 anos quando a Anita nasceu”, relata Piangers.

Após se tornar pai, Piangers foi mudando sua vida aos poucos. Ele afirma que “para o homem, infelizmente, as coisas não mudam de uma forma tão drástica. Fisiologicamente, a gente acaba se distanciando da criança que é gestada no corpo da mãe. Existe ainda a insegurança e a pressão inicial para o homem se sentir o pagador de contas, ganhar mais dinheiro para pagar creche, fraldas, todas as necessidades da casa. Naquele momento, o homem se sente pressionado a ser o provedor. Eu escuto muito esse sentimento! É um sentimento que eu tive, mas acho que é muito importante a reflexão masculina para que esse não seja o seu drive principal, pois, em geral, o que você precisa mesmo é passar tempo ao lado da sua esposa, preparando-se para uma grande mudança de rotina que está acontecendo na vida dela e tentar achar caminhos para que ela tenha mais conforto e segurança nesse processo. Não caminho financeiro, mas emocional e voltado para afeto, carinho e presença. Então, muitas vezes, o homem acaba trabalhando muito e não participa desses momentos. Tenho certeza que eu poderia ter participado muito mais da gestação da Anita. E, nos primeiros meses, a chegada de um bebê mudou muito a configuração da nossa casa. Com o tempo a gente foi aprendendo; errando e aprendendo, já que a gente não tinha babá e nem avós por perto”.

Quando o bebê nasce, tudo muda em nossas vidas: a casa, a rotina, TUDO! Mas, quando se tem amor, tudo se torna mais fácil e tranquilo. A vida após a chegada dos filhos é um aprendizado diário e cheia de momentos divertidos e especiais!

Foto: Gisa Sauer

Para Piangers, “ser pai é a chance de aprendizado contínuo; ser pai é um investimento a longuíssimo prazo; ser pai é uma reflexão constante sobre o sentido da vida; ser pai é uma oportunidade de achar plenitude, felicidade e realização em coisas mais profundas do que normalmente a gente encontra”.

E, como pai de duas lindas meninas, Anita e Aurora, Piangers se descobriu dentro desse universo feminino e cheio de fantasias! “Ser pai de meninas é uma dádiva, uma oportunidade, uma bênção. Eu agradeço todos os dias pelas meninas me transformarem em um homem mais sensível. Se eu tivesse dois meninos, acredito que eu não veria tantos problemas e tantas injustiças de gênero. Acho que as meninas e a minha esposa me ajudam o tempo todo a estar mais sensível e sensibilizado com a necessidade de mudança no pensamento e no comportamento social. Elas são muito carinhosas, muito inspiradoras. A mais velha é muito inteligente, a mais nova é muito fofa. Então, é como um presente da vida, que eu agradeço todos os dias”, declara o papai!

Ter a família de forma tão presente é algo muito especial para os filhos! Por isso, eu sempre digo para aproveitarem os filhos ao máximo! Piangers ressalta que “é comprovado em diversas pesquisas científicas, em todo o mundo, que uma família em paz gera filhos que crescem mais seguros emocionalmente, com mais capacidade sócio-emocional para lidar com os problemas da vida. Os filhos crescem com mais inclinação a fazer o bem, a replicar os bons comportamentos dos pais. A importância da família é uma importância de construção, de caráter, de moral, de ética, de visão de mundo. Construção e incentivo para que essa criança seja um agente de transformação e possa tornar o mundo um lugar melhor”!

 

E a Ana e o Piangers conseguiram construir uma família sólida e cheia de amor! Suas filhas são duas crianças lindas e cheias de vida. “A Anita tem 12 anos! Ela é muito estudiosa, muito cerebral. Gosta muito de qualquer assunto que exija reflexão; gosta de conversar sobre espaço sideral, morte, religião, conceitos de Deus, feminismo. É uma pessoa muito interessante para conversar. E a Aurora é uma garota de cinco anos extremamente lúdica. Ela acredita em unicórnios, inclusive, seu sonho é abraçar um unicórnio! Ainda vive uma fase muito bonita de aproximação com a fada do dente, com o lobo bom (porque a gente brinca do lobo bom também, não só o lobo mau), Papai Noel. Enfim, ela ainda vive em um mundo encantado que é muito bom de viver junto com ela”, declara o papai.

E um dos ensinamentos mais belos que ouvi do Pianger é que “a gente só encontra o amor verdadeiro depois que tem filho! Eu ouço muitos pais que dizem que dariam a vida pelos filhos, que se jogariam na frente de um trem, de uma bala de arma para salvar a vida do filho. Eu acho isso muito bonito e, em termos retóricos, funciona. Mas, na verdade, o seu filho e a vida real não é como um filme e, muito provavelmente, você vai passar a vida toda sem essa oportunidade (de se jogar na frente de um trem ou de uma bala). Que bom, né? Mas, ao mesmo tempo, a reflexão que eu faço é que todos os dias os nossos filhos pedem a nossa vida. Todos os dias os nossos filhos pedem para que a gente saia do celular ou do computador, trabalhe menos, olhe mais para eles, não fique vendo televisão, não fique ignorando o fato de que eles estão ali e precisam de uma tutoria e mentoria. Então, eu acho que o amor é quando você percebe que dar a sua vida por outra pessoa, não necessariamente é se jogar de um penhasco, mas é dar o seu dia a dia. É dar um pouquinho da sua vida todos os dias porque, lá na frente, você vai morrer, desaparecer; mas, nesse trajeto, você pode ir entregando algumas coisas para o seu filho”. Que sabedoria, né?!

E o papai mais famoso (já participou de inúmeros programas de TV como Encontro com Fátima Bernardes, Pedro Bial, entre outros) tem vários livros publicados. Confiram aqui!

 

A ideia de escrever livros surgiu depois que uma amiga começou a publicar seus textos em um jornal. “Eu escrevia textos, mas não mostrava para ninguém. Em algum momento, minha amiga viu e me convidou para publicar no jornal. Depois, esses textos foram alcançando uma audiência e lançamos o livro “O PAPAI É POP”. Foi um sucesso e minha esposa, logo então, foi convidada pela editora e lançou o livro dela “A MAMÃE É ROCK”.

E UMA NOVIDADE! Ana vai lançar um novo livro: “A MAMÃE É PUNK”! Já estou ansiosa para ler!

Mas Piangers nunca pensou que um livro voltado para pais fosse fazer tanto sucesso. “Pelo contrário, eu imaginava que seria um livro que venderia muito pouco, pois, em um País que tem tanta mãe solteira e tão pouco homem participativo, foi uma grata surpresa, uma felicidade perceber que o livro começou com um movimento, uma discussão sobre o homem que participa e sobre o pai moderno e se tornou um sucesso. É bonito de ver e de acompanhar tudo isso”, afirma o papai.

E, com toda a sua experiência de vida como pai, Piangers dá uma dica muito especial para os papais e mamães que querem participar mais da vida dos filhos. “Acho que hoje o mundo moderno tem três obsessões:

– TECNOLOGIA: ficamos muito tempo mergulhados em redes sociais e perdemos o tempo que a gente diz que não tem! Perde-se muito tempo em joguinhos, vendo whatsapp, redes sociais, youtube, e-mail. Acho que é uma obsessão, nos tira tempo.

– DINHEIRO: sempre achamos que precisamos de mais! Que temos que ter mais dinheiro para comprar mais, que precisamos ter uma televisão melhor, um carro melhor, um apartamento melhor. E essa obsessão nos afasta dos nossos filhos, na medida em que a gente tem cada vem menos tempo para estar perto deles.

– OCUPAÇÃO: a terceira obsessão é justamente por nos sentirmos ocupados! Quando estamos ocupados, sentimos que somos úteis; sentimo-nos bem quando somos requisitados, quando temos que fazer coisas. Mas as coisas que a gente faz não necessariamente resultam em mais dinheiro ou em mais valor para a empresa, para o nosso emprego, para a nossa vida. Às vezes, estamos ocupados e não necessariamente estamos gerando alguma coisa, construindo algo. Estamos ocupados apenas para nos sentir ocupados. E, no fundo, quando a gente diz: ‘Ah, eu queria ter mais tempo!’, na verdade, a gente não está disposto a realmente ter mais tempo. Temos medo de ter tempo; de ter tempo livre com nossos filhos!

O pai que começa a refletir sobre isso e consegue desconstruir a obsessão por dinheiro, por tecnologia e por estar ocupado, acaba sendo um pai mais feliz se, pelo menos, fizer a reflexão e decidir o que ele quer realmente para a vida dele”, conclui Piangers.

Não é preciso dizer mais nada! Sejam pais de verdade! E aqui eu falo para as mães também! Brinquem com seus filhos, conversem, estejam próximos para apoiá-los, amem incondicionalmente! Sejam tudo na vida dos filhos! A vida passa muito rápido! O tempo é a gente que faz! Ter tempo para os filhos é uma decisão nossa como pais!

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