Vamos falar sobre emoções? No texto de hoje, a Psicóloga Jéssica Suzana fala sobre a importância das crianças entenderem o que sentem. Não é tão simples quanto parece, mas com amor e um pouco de paciência, tudo fica mais fácil!

Confiram!

Por Jéssica Suzana

Nos anos de 1970, o psicólogo americano Paul Ekman estudou sobre as emoções e trouxe em sua teoria que temos seis emoções básicas e universais: alegria, surpresa, tristeza, nojo, raiva e medo. Nascemos com elas (o que dizemos que são inatas), pois temos uma área cerebral e músculos na face específicos para cada uma. Todas são úteis e têm suas funções. Engana-se quem acha ou lê por aí que elas são ruins e inúteis.

Afinal, o problema não está em sentir ou ter emoções, e sim na forma como nos comportamos a partir delas. Ex: Posso sentir raiva, mas não usar dessa raiva para bater em alguém. Entende?!

A palavra “emoção” provém do latim “exmovere” ou “emovere”, que significa “Movimento para fora” ou “Colocar em movimento”. Ou seja, “movimentamos para fora” nossas emoções diante do que acontece conosco no ambiente (externo) e em nossa mente (interno).

Talvez você se pergunte: “para quê eu preciso aprender tudo isso”?

Eu respondo: “para que saiba de verdade o que seja; que ensine as crianças, dentro da linguagem delas, a importância de suas emoções e para que você compartilhe este assunto tão sério para todos conhecerem”. Afinal, quando tomamos a consciência de um assunto e este é coerente, somos responsáveis por divulgar todo o conhecimento aprendido.

Agora vamos lá! Quão difícil é expressar o que sentimos né?! Qualquer que seja nossos desafios da vida, eles sempre serão movidos por emoções, sensações e crises existenciais. Ou seja, volta e meia, teremos que ter contato com os nossos sentimentos. E somos os seres mais complexos para aceitá-los, reconhecê-los e administrá-los.

Pensa só, você que é adulto, o quanto de tensão emocional que você passa?! Agora, multiplica para as crianças, o quanto que estes seres tão pequenos sentem ao começarem a descobrir a vida, com seus “doces” e “amargos” desafios de viver e entender o que se passa dentro do “coração”.

Sendo assim, desafio a vocês, pais ou cuidadores, que, primeiramente, aprendam sobre suas emoções. Saibam identificar cada uma delas e as nomeie. Elas são inteiramente suas e de ninguém mais. Compreenda que, se não recebeu este tipo de educação, aprenda para ensinar os seus filhos. E tenha respeito por sua história, pois talvez os seus pais também nem sabiam o que era isso, essa tal “emoção”.

A psicóloga Solange Maria Rosset traz assim: “(…) não é possível conseguir o bem de seus filhos antes de ter encontrado seu próprio caminho e seu próprio bem, pois o bem deles depende estreitamente disso. Não ensina o que não se sabe. Não se mostra o que não se tem”.

Não seja um “analfabeto emocional”!

  • Ajude seus filhos a terem consciência que as emoções existem;
  • Nascemos com elas;
  • Elas têm nomes (e são 6, as básicas);
  • Em qualquer lugar existe delas;
  • Fale que você (pais) tem essas emoções e as sentem;
  • E que elas (as crianças) também têm e as sentem;
  • Que todas são úteis e podemos aprender com cada uma;
  • Ajude seu filho a aceitá-las e as reconhecer quando aparecem;
  • Ou onde no corpo delas essas emoções se tornam sensações (Ex: Emoção: Tristeza – sensação: dor no peito);
  • Aproveitem o momento e se aproximem;
  • Deixa-as saber que você se entristece, mas que tudo vai se organizar;
  • Quando seus filhos tiverem dificuldades para falar sobre, usem da criatividade para que eles tentem verbalizar;
  • Transmita empatia e compreensão;
  • Ensine soluções, caso a emoção “raiva” tiver muito intensa.

Pois, com tudo isso, poderão ajudá-los a serem adultos mais conscientes e conectados consigo mesmo e com o mundo ao redor. Nada disso é “receita de bolo”, pelo contrário, são orientações. Permita colocar em prática; nada sairá perfeito. Apenas comece de alguma maneira.

Após essa leitura, retire o seu aprendizado e aquilo que fez sentido para você. Pegue isso, compartilhe e transforme o meio em que vive!

 Livro: Pais e Filhos – uma relação delicada – Solange Maria Rosset;

Livro: Caderno de Exercícios de Inteligência Emocional – Ilios Kotson/Ilustrações: Jean Augagneur;

Filme: Divertida Mente (*o Psicólogo Paul Ekman que citei, foi o responsável por ajudar os diretores na criação deste filme).

Com afeto,

Jéssica Suzana / CRP 04/47222

Psicóloga que acredita no poder da escrita e no valor que pode agregar as pessoas.

Inspira e transforma vidas através da escuta.

Aprende todos os dias sobre: recomeços, criar possibilidades e ter conexões com sentido.

Venha conhecer “meu mundo”!

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