Diante dos mistérios do universo, que jamais conseguiremos desvendar, muitas perguntas surgem. O que acontece quando morremos? Como é a vida eterna tão falada? Será que vivemos apenas uma vida? Será que é possível se lembrar de fatos ocorridos antes do nascimento? As crianças conversam com Deus? Como são os anjos da guarda? São inúmeras dúvidas que todos nós temos. O milagre da vida nos permite questionar e ir em busca de conhecimento; porém, não é possível sabermos tudo! Deus criou o ser humano e lhe deu a inteligência para pensar, descobrir, buscar, mas não para saber tudo.
A matéria de hoje é sobre um lançamento da Editora Fundamento: o livro “Memórias do Céu – Lembranças emocionantes que as crianças guardam da vida antes do nascimento”. Escrito por Dr. Wayne W. Dyer e Dee Garnes, o livro traz histórias reais de famílias que ouviram as suas crianças contarem sobre os mistérios do mundo. Cada capítulo do livro aborda lembranças das crianças com relação ao mundo espiritual. Os autores contam casos sobre como os filhos escolhem os seus pais, as lembranças de conversas com Deus, lembranças de conexões espirituais e até visões dos anjos que nos acompanham a todo momento.
Importante dizer que o Dr. Wayne (falecido em 2015) era um renomado autor e palestrante na área de desenvolvimento pessoal, tendo mais de 40 livros publicados. Por meio de seus trabalhos, sempre buscou ajudar as pessoas a encontrar a paz interior. Dee Garnes foi sua assistente e trabalhou como massoterapeuta por 13 anos. A ideia do livro “Memórias do Céu” surgiu de uma conversa entre Dee Garnes e seu filho, na época ainda bebê. Marcus, com apenas 18 meses, respondeu à mãe, dizendo que tinha vindo do céu e que Deus era luz. No livro ela conta essa história com detalhes. Vale a pena ler! Diante do fato, Dee conversou com o Dr. Wayne que a incentivou a escrever e relatar tudo o que havia ouvido. Assim, Dr. Wayne resolveu conversar com várias pessoas e ouvir relatos de experiências sábias das crianças. Começou, então, o livro “Memórias do Céu”.
O livro, de forma bem didática e fácil de ler, traz inúmeras histórias, de várias partes do mundo, nas quais crianças relatam suas vidas e visões. É realmente muito impressionante! Poderia ficar aqui escrevendo muito sobre esse livro, mas não vou estragar o prazer dos leitores. Dr. Wayne dá uma dica muito bacana que é conversar e ouvir o que os filhos têm para nos dizer. Podemos nos surpreender!
Deixo aqui apenas um dos relatos trazidos pelo livro:
“Tina Mitchell – Blackpool, Reino Unido
Meu filho de 5 anos, Mather, guarda belas lembranças do Céu e do tempo que passou ao lado de Deus.
Nossa primeira conversa sobre o assunto aconteceu durante uma viagem de carro, em um belo dia de céu azul e nuvens brancas fofinhas. ele ia no banco de trás, absolutamente concentrado no videogame, enquanto eu ouvia o rádio. depois de cerca de meia hora, Mather deixou de lado o joguinho e perguntou:
– Mamãe, está vendo aquela nuvem?
Como pensei que ele quisesse identificar formas, respondi qualquer bobagem.
– Aquela parecida com um rato?
– Não, mãe, aquela bonita – ele corrigiu. – Quando eu tinha zero ano, antes de nascer, ficava com Deus em uma nuvem igual àquela.
Embora muito surpresa, mantive a calma e perguntei o que acontecia na nuvem.
– A gente se divertia.
ele voltou ao jogo e preferi não pressionar.
Semanas mais tarde, eu e meu marido estávamos na sala quando Mather entrou, encostou-se na parede e disse:
– Mamãe, quando eu tinha zero ano, antes de nascer, ficava com Deus em uma nuvem. Ele falou para eu escolher.
– Escolher o quê? – perguntei
– Escolher uma mãe.
– Querido, agradeço a Deus todo dia por você ter me escolhido.
– Eu olhei para baixo e vi muitas mães. Todas queriam ser escolhidas e ficar comigo. Mas eu vi você. Estava sozinha e triste, por não ter um menino, e eu soube que a gente ia se amar. Então, disse a Deus que queria você. Viu, mamãe? Antes de nascer, quando eu tinha zero ano, eu escolhi você.
Em meio às lágrimas, agradeci mais uma vez por ter sido escolhida e ele correu de volta para o quarto. o que torna a situação ainda mais especial é o fato de eu haver adotado Mather com poucas horas de nascido, em circunstâncias consideradas milagrosas por mim e pela família. Na época eu estava solteira e sozinha, e meu primeiro filho tinha morrido 14 anos antes. Claro que Mather não sabia disso.
Embora as recordações não sejam tão nítidas quanto há seis meses, continuamos a ter conversas sobre detalhes aos quais ele se refere. Sempre sei quando ele vai voltar ao assunto, porque interrompe o que está fazendo, olha para cima e começa:
– Antes de nascer, quando tinha zero ano…
Mather é uma criança extraordinária e o amor da minha vida”.