Apesar de não ser muito conhecida e divulgada, a osteopatia existe desde o século 19! Conhecida como um tratamento alternativo, somente há pouco tempo ela começou a ser tratada como um método cientificamente comprovado. Importante dizer que o seu embasamento é o mesmo da medicina tradicional. E você sabia que esse método pode ser usado em crianças? Sim! Desde recém-nascido! Fizemos uma entrevista muito esclarecedora sobre esse assunto, com a fisioterapeuta Cintia Queiroga Werkhaizer, pós-graduada em fisioterapia esportiva e terapia manual, especialista em RPG, Pilates e Osteopatia, que trabalha na clínica Korper (Belo Horizonte, MG).

“A osteopatia é uma ciência de tratamento, criada no século 19, por um médico americano, Dr. Andrew Taylor Still, que começou a estudar cadáveres e começou a entender qual era a relação do corpo, das estruturas corporais, para entender o por quê das queixas das pessoas: por que tem a enxaqueca, o refluxo. A enxaqueca, por exemplo, não é só uma questão da cabeça, pode ter relação com a cervical, com o ombro e até, às vezes, com a pélvis. A osteopatia veio de uma curiosidade do próprio Andrew Still de entender o por quê das dores. Seu objetivo é tratar as dores por meio de uma reestruturação corporal com intervenções manuais, atuando na estrutura muscular, visceral e articular”. Um detalhe importante é que a osteopatia é um método todo manual e realizada tanto por fisioterapeutas quanto por médicos. “É uma especialização. São cinco anos para se tornar um osteopata”, afirma Cintia.

A grande vantagem de se procurar um osteopata, segundo a fisioterapeuta, é “o diagnóstico diferenciado que é dado, pois a osteopatia não trata a queixa, mas sim a causa”. Andrew Still falava: “Encontrar a doença é fácil. Difícil é encontrar a cura”! Segundo Cintia, o tratamento por meio da osteopatia tem uma resposta rápida, porém, por se tratar de uma reorganização estrutural, ele demanda uma manutenção, por exemplo, antes a pessoa fazia sessões semanais e depois passa para mensais ou semestrais”. A frequência das sessões vai depender muito da queixa da pessoa.

OSTEOPATIA PEDIÁTRICA

Um detalhe muito legal é que a osteopatia pode ser utilizada desde o nascimento do bebê. “Na Europa, por exemplo, os osteopatas acompanham as mães desde o pré-natal. No caso de recém-nascido, dependendo do tipo de parto, os ossos do crânio, que ainda não estão estruturalmente firmes, podem sofrer deformações e comprimir as estruturas nervosas que são responsáveis pela deglutição, digestão. Isso pode fazer com que a criança desenvolva refluxo, problema de mastigação, sucção. A osteopatia, no pós-parto imediato, atuaria na reorganização dessa estrutura craniana e neural, para que a criança já seja tratada desses distúrbios que ela vai apresentar”.

Vale ressaltar que a osteopatia, quando começada na infância, pode prevenir uma série de problemas. “Ela atua tanto na cura quanto na prevenção”, destaca Cintia.

Um ponto muito importante é que a medicina convencional e a osteopatia são áreas interdisciplinares, devem andar juntas; uma complementa a outra. O diálogo entre os profissionais (médico e osteopata) é muito importante.

No caso das crianças, os pais precisam sempre estar atentos às queixas para começar um trabalho o quanto antes. Lembrem-se: é na infância que começamos a desenvolver nossos hábitos.

 

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