Tenho ouvido diversos relatos de casais que, após terem filhos, não conseguem mais encontrar um meio termo para a relação. Ou ficam só em função dos filhos, ou trabalham cada vez mais, ou simplesmente se distanciaram. Muitos, inclusive, resolvem se separar, mesmo não querendo isso!

Problemas no casamento, todos nós temos! Casamento não é um conto de fadas, sem brigas, sem discussões, só momentos lindos… Casamento é união, é amor, é querer estar com o outro, apoiar o outro! Para que isso ocorra de uma forma tranquila, é primordial que o casal converse! A conversa é a base de uma relação saudável! Temos que expor nossos sentimentos, nossas vontades, mas, principalmente, temos que ouvir o outro. Nem sempre temos razão! Colocar-se no lugar do parceiro também é importante!

Pensando nisso, a minha dica de hoje é o livro “Conversando a gente se entende”, da Editora Paulinas. Escrito por Gilles Sauvé, psicólogo e terapeuta familiar e de casais, o livro aborda princípios e teorias de Psicologia aplicados na análise de questões individuais e da sociedade. Além disso, apresenta propostas para superação dos impasses e desenvolvimento de potencialidades. Melhorando o diálogo e a comunicação com o outro, conseguimos organizar um pouco mais a nossa vida!

“Conversando a gente se entende” é escrito de forma bem didática e aborda todos os tipos de comunicação, inclusive, entre pais e filhos! O autor ajuda no restabelecimento da comunicação da pessoa consigo mesma e com os outros (amigos, familiares, colegas de trabalho). Saber se comunicar é fundamental na vida de qualquer pessoa! Conversar não tem hora nem lugar! A todo momento estamos dialogando com alguém.

Uma das passagens do livro que gostei muito e que acho que todos os casais devem refletir é esta:

“Na vida de todas as pessoas e de todas as famílias há dias em que a tempestade surge, assim como surgiu no mosteiro focalizado em O nome da rosa ou na vida dos pacientes psiquiátricos de Mildred Ratched. Ninguém pode evitar as crises advindas das circunstâncias da existência, em constante transformação. Essas crises podem decorrer de acontecimentos exteriores à pessoa ou à família, como uma perda de emprego, a morte de um ente querido ou dificuldades financeiras. Podem também surgir na consciência de cada um. De fato, é preciso constatar que a vida muitas vezes não corresponde àquilo que prevíamos, que o amor nem sempre é eterno, que nossos pais ou nossos filhos nem sempre se ajustam à imagem que deles tínhamos.

A decepção, a tristeza, a dúvida e o desânimo fazem parte da vida. esses sentimentos se manifestam especialmente quando temos a impressão de andar em círculos, de trabalhar inutilmente, de nos exaurirmos em alguma atividade, de já não saber aonde ir. Quaisquer que sejam as crises com as quais nos vejamos confrontados, o modo de enfrentá-las e resolvê-las constitui a base da construção de nossa personalidade. Esses períodos de provação nos induzem a mudar para sobreviver. A saúde psicológica, como enfatiza o psiquiatra Scott Peck, mede-se não pela ausência de momentos de crise, mas pela capacidade de enfrentar e superar essas fases difíceis quando elas se apresentam em nossa vida”.

Pensem nisso! Eu adorei o livro e indico!

*A Editora Paulinas é parceira do Blog Canal Infantil.

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