Todos os pais querem para seus filhos um futuro promissor, uma vida digna, de sucesso! Para isso, é essencial que a criança, desde cedo, receba uma educação de qualidade. A educação é a base para o conhecimento e para o que ela vai ser no futuro.
Falo muito aqui no Canal Infantil sobre a importância da leitura. Em tempos de tecnologia digital, os livros começaram a ser abandonados! É muito mais fácil e prático buscar todas as informações no Google a ler em (vários) livros. É claro que a praticidade ajuda muito, mas não podemos nos esquecer de que ler e pesquisar também faz parte do conhecimento e da educação. Saber manusear um livro é fundamental! Sou capaz de apostar que muitas crianças não conhecem um dicionário! Não sabem nem como procurar uma palavra. Mas, sem dúvida, sabem digitar no Google e achar todos os significados possíveis!
Não estou aqui criticando o uso da internet e sites de busca, pelo contrário, acho que vieram sim para nos ajudar. Mas, é preciso que as crianças também conheçam e tenham facilidade para manusear livros.
É comum observarmos que grande parte dos alunos querem apenas gravar ou filmar o que o professor diz em sala. Já não se escreve mais nos cadernos! Estudos recentes apontam que a geração atual não tem mais destreza e força nas mãos pela falta de praticarem a escrita!
Além disso, a educação passa por uma série de conceitos que estão sendo deixados de lado. Um deles é o significado do professor! Há até pouco tempo, o professor era o herói, aquele que sabia tudo, que encantava os seus alunos. Hoje, infelizmente, esse ser tão fundamental tem sido desvalorizado.
Conversei com a professora da rede pública do Rio de Janeiro, Rebeca Pimentel Mourão que tem verdadeiro amor pela sua profissão e esperança de dias muito melhores tanto na educação quanto na vida de seus alunos.
Para ela, “dar aula na rede pública é desafiador, pois precisamos mais do que passar conteúdos; é necessário motivar os alunos, conscientizá-los da importância dos estudos. Infelizmente, não existe muito interesse, apenas de alguns”. Além disso, muitas escolas públicas passam por situações precárias. “Faltam recursos e também manutenção das instalações existentes. O mundo hoje é globalizado e informatizado; ensinar com os métodos tradicionais (quadro e giz) torna a tarefa de gerar interesse no aluno ainda mais difícil. Algumas escolas possuem equipamentos e ar condicionado, mas, a maioria não disponibiliza nem de espaço e nem de mobiliário adequado”.
Esse é um problema não só do Rio de Janeiro, mas de todo o País. É importante que as autoridades valorizem mais as escolas e enxerguem, nos professores, pessoas que querem mudar o mundo (ou pelo menos tentar)!
Para lidar com os alunos, é preciso que o professor seja firme e crie um ambiente de respeito. Muitas vezes, “as crianças constroem a visão do professor, primeiro em seu ambiente familiar; se não há valorização e respeito, eles levam essa visão para a escola. Entretanto, cabe ao professor construir uma imagem de valor e respeito. Embora seja complicado, é possível. O professor é também um líder em suas turmas”, ressalta Rebeca.
Cabe destacar que a escola tem sim o papel de ajudar a formar cidadãos mais preparados e humanos. No entanto, a ação de educar os filhos, como afirma Rebeca, “é conjunta. Família e Escola precisam compartilhar responsabilidades, mas caráter se forma em casa”. Não é possível repassar para a escola e para o professor a responsabilidade de educar e consolidar valores nas crianças.
Segundo a professora, “vários fatores contribuem para essa transferência de responsabilidades: a falta de tempo dos pais ou parentes, desinteresse, ignorância e até mesmo falta de amor. Ressalto ainda, o fato de que a maioria das famílias não são estáveis, isto é, falta um dos pais, ou os dois, sendo grande o número de avós e parentes que assumem a educação de crianças e adolescentes”.
Rebeca, professora dedicada e apaixonada pela arte de ensinar, tem esperança no futuro dos seus alunos. “Acredito que mudança é sempre possível, do contrário teria que mudar de profissão. É claro que depende do aluno também, e no decorrer da carreira, vejo alunos e histórias que compensam o esforço e o trabalho (embora, infelizmente, sejam poucas)”, emociona-se Rebeca.
Para mais histórias de sucesso, a professora afirma que “o papel da família é fundamental, a valorização dos estudos, a difusão de valores como respeito e solidariedade, é um bom começo. Apresentar a escola como um lugar importante e agradável, valorizar os profissionais da educação e as autoridades em geral. E ainda, cobrar dos filhos seus deveres e responsabilidades, acompanhar e se interessar pela vida escolar da criança e também do adolescente (eles ainda precisam desse apoio, embora já possam ter mais autonomia)”.
Como podem ver, é muito importante que os pais acompanhem a vida acadêmica dos filhos! Tenham tempo para os seus filhos! Não importa quantas horas ou quantos minutos, mas que estes sejam de qualidade e de real interesse no aprendizado do filho.
Rebeca ainda destaca que “a parceria Família/Escola possibilita uma educação completa, que une valores e conhecimentos para transformar o aluno em um futuro cidadão capaz de gerir a própria liberdade, respeitar e desfrutar de seus direitos e deveres, bem como, suas responsabilidades, além de ser ético e crítico”.
Para concluir, Rebeca dá algumas dicas muito importantes para os papais e mamães que querem ver seus filhos crescerem saudáveis emocionalmente:
– lembre-se de dizer NÃO, quando necessário;
– lembre-se que os filhos precisam ser estimulados, precisam do apoio e da companhia dos pais e/ou responsáveis;
– passe mais tempo com os filhos;
– demonstre interesse pelos seus assuntos;
– comemore seus triunfos;
– incentive-os nos desafios e
– esteja atento ao que acontece no espaço escolar, participando de reuniões e eventos.
Viu? Não é tão difícil quanto parece! Basta um pouquinho de tempo, dedicação e amor para ter um filho educado e responsável! A escola pode fazer e faz muito pelo seu filho, mas só você pode dar o amor que ele mais espera e precisa! Não desista do seu filho; ele precisa de você!
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