Hoje, 25 de junho, é comemorado o Dia do Imigrante! Como o Canal Infantil fala muito sobre famílias, minha dica de leitura é o livro infantojuvenil: “Dois continentes, quatro gerações”, da Editora do Brasil, lançado em 2016.
O mundo em que vivemos, tão objetivo e rápido, muitas vezes não nos deixa tempo para ouvir as histórias de nossos antepassados. Costumo sempre dizer para os pais contarem as suas próprias histórias para os seus filhos. Sim! Antes de dormir, conte um pouquinho sobre vocês para os seus filhos; de onde vieram, quem eram seus familiares… Assim vamos guardando uma história preciosa sobre nossa família! Vejo jovens que mal sabem o que passaram seus pais para chegarem até aqui. Precisamos dar mais valor ao nosso passado para conquistarmos o nosso futuro!

Escrito por Beti Rozen e Peter Hays, “Dois continentes, quatro gerações” é baseado em fatos reais e narra a história de uma família de imigrantes poloneses que deixam sua terra para migrar para o Brasil. É um livro emocionante e cheio de aventuras!

Confiram o release enviado pela assessoria da Editora do Brasil, Jô Ribes Comunicação.

A história de quatro gerações de uma família é narrada nesta detalhada obra de Beti Rozen e Peter Hays, com ilustrações de Julia Black. “Dois continentes, quatro gerações” percorre o tempo e o espaço atrás de recordações de uma família de imigrantes poloneses, que deixam sua terra de origem para migrar para o Brasil. Nessas viagens, absorvem diferentes culturas e descrevem a busca por melhores condições de vida. Baseado em fatos reais, o texto revela um pouco dos desafios da imigração que, a maior parte dos antepassados da América um dia teve de encarar.
Lançado pela Editora do Brasil, presente no mercado editorial há mais de 70 anos, a obra parte do pequeno vilarejo polonês de Pianski e passa por diversos locais, como Lublin, Varsóvia, Gdansk, Gdynia, Lisboa, Dakar, Recife e Rio de Janeiro, além de Nova Jersey, Fort Lauderdaule e Majdanek, com foco nos anos de 1934, 1939 e 2004.

A narrativa começa quando a professora de história de Louis, solicita, em pleno período de férias escolares, um trabalho de dez páginas que conte a origem da família dos alunos, por meio de uma pesquisa genealógica com parentes próximos. O estudante pouco conhece sua própria história e até então nunca havia demonstrado interesse pelo assunto. Sabia que sua mãe era brasileira e seu pai, assim como ele próprio, nasceu nos Estados Unidos.
A tarefa que parecia ser desinteressante, aos poucos se torna atraente para o pequeno garoto norte-americano, pois resulta em grandes aventuras e descobertas incríveis sobre a vida de seu avô polonês, Lejzer, que imigrou para o Brasil durante a Segunda Guerra Mundial. Todo o conhecimento é obtido por meio das memórias de sua mãe, fotografias antigas e de uma parte importante da história mundial.

“A maior mensagem da obra é dar importância ao que recebemos de nossos antepassados, olhar para trás e ver que o que somos veio deles, e que, às vezes, não damos tanta importância a essas relações. A quarta geração, que é o Louis, não existiria se o bisavô dele não tivesse machucado o pé na Polônia e decidido imigrar para o Brasil. Ele poderia ter morrido em um campo de concentração”, analisa a autora.

A pesquisa da obra segue os mesmos passos de Louis. A ideia do livro surge de uma conversa da escritora com sua tia Ester (Estera, em polonês), de 94 anos, que saiu de seu país de origem aos 16 anos e mora atualmente no Rio de Janeiro. “A mais velha da família lembrava dos fatos, mesmo após a perda de seu diário. Meu pai e minha outra tia e irmãos dela eram mais novos. Meu pai faleceu em 1993 e a ideia do livro foi posterior à essa data e minha outra tia Frajda (Frida) era uma criança na época, creio que dez anos mais nova que a Ester. O fato de meu filho não gostar de estudar história também serviu de inspiração”, conta Beti.

Além da entrevista com a tia, Beti e o filho visitaram a Polônia, onde além de entrevistar sua outra tia viva, conheceram melhor os efeitos do holocausto. “Estivemos com um historiador de Piaski, cidade de meu pai, que explicou o que aconteceu. Visitamos Cracóvia e a parte da comunidade judaica, onde soubemos como foram as perseguições (dos nazistas). Peter também esteve em Auschwitz e passamos por Majdanek, perto de Lublin, dois locais que serviram como campos de concentração. Refizemos o mesmo caminho que minha família fez ao sair da Polônia: Piaski, Lublin, Varsóvia, Gdansk e Gdynia. Foi uma viagem triste”, recorda.

Apesar de ser uma história vivida no século passado, o tema é bastante atual, em um contexto de várias imigrações que ocorrem por conta de pessoas, conhecidas como refugiados, que vêm sendo obrigadas a deixar seus países de origem em busca de um lugar melhor para viver. “Temos muitos emigrantes, imigrantes e refugiados no mundo. Todos temem o futuro desconhecido. Eles têm que se ajustar a um país com cultura, idioma e comida totalmente diferentes. Eu mesma sou imigrante, pois vivo nos Estados Unidos”, analisa a autora.

Sobre as novas imigrações no mundo moderno, Beti acredita existir um avanço em relação à história de seus antepassados. “As pessoas continuam preconceituosas, apesar de tudo, mas há mais progresso hoje. Quando visitamos Nurnberg, percebemos que já há a segurança de leis internacionais (Tribunal de Nurnberg). Apesar dos problemas atuais, o mundo está melhor. Não existe mais o nazismo e há leis e instituições internacionais que não existiam no passado”, conclui.

Sobre os autores:
Beti Rozen é uma escritora brasileira nascida no Rio de Janeiro e que atualmente vive nos Estados Unidos. Seus trabalhos (contos infantis e poesias) foram publicados em diversas antologias na Europa e no Brasil e em revistas para crianças em Israel e China. Recentemente, ela recebeu o Brazilian International Press Award de literatura e cultura nos Estados Unidos.

Peter Hays é um dramaturgo e escritor norte-americano com várias produções em seu país natal e uma vasta experiência na área teatral. Recebeu bolsa de estudos em Dramaturgia no New Jersey State Council of the Arts e é pós-graduado pela Tisch School of the Arts da New York University. Beti e Peter têm diversos livros infantojuvenis editados nos Estados Unidos, Brasil e Colômbia, incluindo Dois continentes, quatro gerações, que também está disponível em inglês e espanhol.

Sobre a Editora do Brasil:
Fundada em 1943, a Editora do Brasil atua há mais de 70 anos com a missão de mudar o Brasil por meio da educação. Como empresa 100% brasileira, foca a oferta de conteúdos didáticos, paradidáticos e literários direcionados ao público infanto-juvenil. Foi fundadora da CBL, SNEL, FNLIJ, IPL e da Abrelivros. Os títulos da Editora do Brasil podem ser adquiridos por meio de seu e-commerce: (http://www.editoradobrasil.com.br/lojavirtual/), nas melhores livrarias do país ou ainda em sua loja física, em São Paulo (Rua Conselheiro Nébias, 891 – Campos Elíseos).

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