Com a chegada do inverno, recebi vários e-mails pedindo uma matéria sobre RINITE ALÉRGICA! Aqui em casa eu sei bem o que é conviver com essa alergia. Não é nada fácil e as crianças sofrem bastante nessa época do ano.

Conversei com a Dra. Valéria França Costa (Crefito 23414-F), doutora em educação, mestre em clínica médica, fisioterapeuta e especialista em fisioterapia respiratória, que explicou tudo sobre rinite.

Dra. Valéria França Costa

“Rinite é uma condição de reação do sistema imunológico a algumas substâncias que acarretam um recrutamento exacerbado de produtos do sistema imunológico. Este reage produzindo coriza, vermelhidão, prurido, lacrimejamento e espirros nos indivíduos expostos. Em outras palavras, é uma condição alérgica”, explica a Dra. Valéria.

Muito comum em crianças, a rinite geralmente surge na infância podendo se estender até a idade adulta, quando não cuidada adequadamente. Segundo a Dra. Valéria, “suas causas são variadas e podem ser desde alergia à poeira até mesmo por alguns alimentos. É importante detectar precocemente quais são os produtos que causam alergias a fim de evitarmos complicações e idas desnecessárias aos postos de atendimento e até mesmo medicações desnecessárias”.

Os pais devem sempre estar atentos aos sintomas mais comuns: espirros, coriza e olhos vermelhos, lacrimejantes e que coçam. Vale lembrar que, como alerta a Dra. Valéria, “para os alérgicos, a poeira e o cigarro pioram muito a rinite, logo, ao ter contato com esses alérgenos, pode desencadear uma crise e até agravá-la.”. Além disso, para pais que querem dar animais de estimação para os filhos, “não são recomendados os animais de pelo, pois aumentarão, e muito, as crises, afinal, o pelo é um dos fatores desencadeantes. São também os tapetes, cortinas, bichos de pelúcia e tudo que juntar a poeira; caso seja este o fator desencadeante. Nem sempre a rinite é secundária a este tipo de exposição. Por exemplo, há rinites que são alimentares e, neste caso, com, sem ou apesar dos animaizinhos de estimação, ao expor a criança ao alimento, ela desenvolverá a crise”, destaca a Dra. Valéria.

Para os alérgicos, é muito importante o acompanhamento médico. Como explica a Dra. Valéria, “durante as crises, um anti-histamínico prescrito por um médico auxiliará no alívio dos sintomas. Alguns alergistas são a favor da introdução gradativa dos alérgenos em forma de ‘vacinas’; outros são contra”. Por isso, a consulta é essencial! Cada caso é único!

Mas, a rinite tem cura? Dra Valéria afirma que “uma vez retirada a(s) causa(s), estes episódios não ocorrerão mais. Importante saber que existem testes para verificar qual o elemento que causa alergia àquela pessoa. Existe também tratamento que consiste em exposição gradativa ao alérgeno”.

Para terminar, Dra. Valéria dá uma dica muito importante aos pais: “meu primeiro conselho é que procurem por ajuda especializada para diagnosticar os fatores desencadeadores, o que não é uma tarefa das mais simples. Após este diagnóstico, é importante seguir o tratamento proposto pelo alergista e, se for o caso, usar as doses progressivas das substancias indicadas. E, por último, evitar a exposição desnecessária dos alérgenos tipo poeira, fumaça, pelos de animais, alguns alimentos, algumas medicações, etc.”.

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