No texto de hoje, a Dra. Patrícia Silva Lima Ocelli, Pediatra e graduada em Nutrição, fala sobre o sarampo, uma doença que voltou a assustar! Já há casos de surtos em alguns Estados do País.
Por Dra. Patrícia Silva Lima Ocelli
O sarampo é uma doença infecto-contagiosa causada por vírus e comum da infância.
Devido ao nosso excelente calendário vacinal disponibilizado pelo SUS, nos postos de saúde, em 2016 o Brasil conseguiu o certificado de erradicação do Sarampo, emitido pela Organização Panamericana de Saúde.
Porém, em 2018, com o fluxo migratório e a queda da cobertura vacinal no país, essa doença ressurgiu no Brasil e, desde o início deste ano, foram notificados mais de 100 casos em Minas Gerais.
Atualmente, alguns estados do país (São Paulo, Rio de Janeiro e Pará) estão vivendo um grande aumento do número de casos.
Diante desse contexto, devemos nos atentar para o cartão de vacinas de nossas crianças, levá-las ao posto de saúde mais próximo e conferir se a vacinação está em dia. O Ministério da Saúde oferece 2 doses para crianças, aos 12 e 15 meses.
Crianças e adultos de 2 a 29 anos devem ter 2 doses registradas na caderneta de vacinação. Entre 30 e 49 anos, o registro de 1 dose na caderneta já é considerado imunizado.
O sarampo é uma doença aguda, geralmente de evolução benigna, mas que pode se complicar com otites, pneumonia, diarreia e comprometimento cerebral, podendo deixar sequelas.
Os principais sintomas são febre, coriza, tosse produtiva, conjuntivite e aversão à luz, com o aparecimento de manchas vermelhas no corpo. Diante dessas manifestações, é indicado procurar um pediatra para avaliação e acompanhamento. Não há um tratamento específico – recomenda-se antitérmicos, hidratação oral e repouso. A criança deve ser afastada da escola para evitar a disseminação do vírus. E o acompanhamento é essencial, para se detectar precocemente possíveis complicações, principalmente nas crianças com deficiências na imunidade.