Aulas em contato com a natureza favorecem o aprendizado das crianças e previnem problemas futuros

Há não muito tempo, era comum crianças serem vistas brincando na rua, em parques, aproveitando a natureza e com o “pé na terra”. Além do bem-estar, o contato com a natureza colabora com o emocional, intelectual, físico e social das crianças. Com o avanço da tecnologia tudo mudou, inclusive essa presença do natural no dia a dia no período da infância.

Para resgatar esse afeto e cuidado com a natureza, algumas escolas têm investido muito nesta tendência. A escola Sunny Place, por exemplo, garante um convívio direto e harmonioso entre as crianças e o verde, incentivando o contato com a natureza através de um ambiente externo amplo e cheio de vida, com árvores frutíferas que as crianças regam, colhem seus frutos e plantam suas sementes, tudo supervisionado pelos professores, e muita grama natural para os estudantes brincarem e desenvolverem diversas habilidades.

No espaço, a grama, com altos e baixos no solo, permite o desenvolvimento da coordenação motora ampla dos pequenos. Com isso, as crianças desenvolvem o equilíbrio ao andar, correr, rastejar, saltar ou pular e assim conseguem movimentar de forma eficiente músculos e articulações do corpo.

Sabendo desses benefícios e para incentivar esse desenvolvimento, as crianças têm aulas e atividades ao ar livre pelo menos uma vez por dia. Roseanne Santos, diretora pedagógica da Sunny Place, explica que esse contato com o externo é orientado por um dos teóricos que o centro educacional adota. “Montessori afirma que o desenvolvimento infantil acontece quando existe o contato real com a natureza e nesse contato a gente trabalha habilidades variadas. Eles estão observando, cuidando e vivenciando. Costumamos dizer que a escola é uma grande sala de aula.”

Aulas de ciências com a evolução das espécies, apresentando lagartas, casulos e borboletas quando aparecem no espaço, ciclo da vida com as folhas no chão e nas árvores e aulas de matemática são alguns dos vários exemplos positivos de formas de ensino fora da sala de aula. “Realizamos ‘caça ao tesouro’ no jardim, por exemplo. Escondemos os canudinhos e as crianças encontram, separam por cores, realizando a categorização. ‘Agora vamos contar quantos canudos de cada cor nós temos, quem tem mais, quem tem menos’. Realizam contagem e comparação, e desta forma os conceitos matemáticos serão trabalhados”, explica.

Pesquisa feita por pesquisadores da Universidade de Queensland, da Universidade de Exeter e da Organização de Ciência e Pesquisa Industrial da Commonwealth, na Austrália, mostra que dos casos de adultos entrevistadas com depressão e pressão alta, 7% e 9% dos casos, respectivamente, poderiam ser evitados caso os entrevistados frequentassem áreas verdes por, em média, 30 minutos por dia, uma vez por semana. Outros diversos estudos mostram que imagens e janelas abertas para a natureza restauram a atenção e aumentam a atividade parassimpática, trazendo sentimento de relaxamento e diminuindo, por exemplo, o estado de alerta e o estresse.

Assessoria de Comunicação: VOZ Comunicação

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