Dia 17 de janeiro de 2021, um dia marcante para o Brasil e para todos nós: a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) autorizou o uso emergencial de duas vacinas contra o Coronavírus! Enfim, a esperança de dias melhores! Logo poderemos comemorar a vitória!
Aproveitando que o assunto do momento é vacinação, precisamos falar sobre vacinas e gestação. Segundo especialistas em saúde, mulheres grávidas receberão a imunização para Covid-19 em um estágio mais avançado da vacinação e não agora. Ainda não há dados suficientes sobre como a vacina afetaria mulheres grávidas, já que elas ainda não foram incluídas nos ensaios clínicos das empresas farmacêuticas.

Enquanto o calendário de vacinação não começa e não se sabe ao certo dos efeitos nas grávidas e em seus bebês, outras vacinas não podem ser deixadas de lado.

É que de acordo com dados da Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo) menos de 50% das gestantes receberam as doses necessárias da Tríplice Bacteriana Acelular do Tipo Adulto, contra difteria, tétano e coqueluche, dT (difteria e tétano), Hepatite B e da Influenza (gripe).
Essas vacinas devem ser aplicadas durante a gestação, para que os anticorpos sejam transmitidos para o bebê ainda na barriga e desta forma garantir imunidade nos primeiros meses de vida – com o complemento do leite de materno, por meio da amamentação exclusiva até os 6 meses de vida do bebê.
E o ginecologista Cássio Sartório, do Vida-Centro de Fertilidade, falou um pouco sobre a importância das vacinas durante a gravidez.
–  Quais os riscos para gestantes de não terem tomado essas vacinas? E para os bebês? 
Vacinas são medicações preventivas, previne contra doenças muitas vezes graves. A exemplo, o tétano tem uma taxa de mortalidade de 33%, enquanto o covid-19 está em 3,72% (fonte contagem de casos google em 12/01/2021). A hepatite B aumenta em 140x o risco de um câncer de fígado em 40 anos.  E a gripe, principalmente o vírus H1N1, possui uma mortalidade em torno de 1%.
Naturalmente as gestantes apresentam alterações no seu sistema imunológico, para que este não rejeite o bebê, o que a torna mais suscetível a algumas doenças, a exemplo do H1N1 onde elas fazem parte do chamado grupo de risco.
Não fazer vacinas expõe as pessoas a riscos desnecessários. A vacina de tétano deve ser tomada por todo adulto de 10 em 10 anos, e que muitas vezes isso é negligenciado por desconhecimento. Atualmente a Hepatite B faz parte do calendário infantil, o que melhorou muito sua adesão. E a de influenza deve ser tomada todo ano, pois a vacina muda para incluir os vírus da gripe que estão mais circulando na época.
– Qual o papel da amamentação exclusiva até o seis meses de vida do bebê, para que os anticorpos sejam transmitidos ainda na barriga? 
Os bebês, possuem o sistema imunológico imaturo, e muito dos anticorpos são adquiridos da mãe, seja por passagem através da placenta, ou pela amamentação. Ou seja, enquanto o bebê não produz seus anticorpos, os da mãe que estão circulando nele o protegem das doenças. Diz-se que nos 6 primeiros meses de vida do bebê ele é dependente dos anticorpos maternos para mantê-lo protegido. Por isso a importância da vacinação materna.
Então, mamães, não deixem de tomar todas as vacinas necessárias! Vacinação é vida, é saúde, é amor!

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