Para quem ama livros, deixo aqui duas dicas bem legais da Companhia das Letrinhas: “Carona” e “E foi assim que eu e a escuridão ficamos amigas”.

CARONA

 Quantas pessoas cabem em um único carro? Já imaginou aglomerar um montão de novos amigos e sair se aventurando por aí? Escrito e ilustrado por Guilherme Karsten, Carona é uma leitura divertida, com linguagem e estética ideais para leitores iniciantes, entre três e seis anos, que estão se familiarizando com a narrativa verbal.

Conhecido por seus trabalhos na ilustração e no design, Karsten se aventura na escrita, em um texto consistente e bem-humorado, que, apesar de direcionado a leitores menores, pode
conquistar crianças de diversas idades – e, claro, também os adultos que leem com elas.

Carona já foi publicado em francês, espanhol, inglês, chinês e coreano, e também recebeu o prêmio BIB Plaque (placa de ouro) em 2019, durante a Bienal de Ilustração de Bratislava, na Eslováquia. No mesmo ano, o autor ganhou o Golden Pinwheel, da Feira Internacional do Livro Infantil da China. Guilherme foi também finalista do Prêmio Jabuti e do Nami Concours, na Coreia do Sul, ambos em 2018, recebeu menção honrosa no concurso Planeta Tangerina de 2017, em Portugal. Além disso, recebeu o selo Cátedra 20 da Unesco, também em 2017.
Tais premiações, em conjunto com os mais de 15 livros já publicados no Brasil, renderam ao Guilherme ampla projeção internacional, posicionando-o como um dos autores jovens de maior visibilidade. Carona é o primeiro trabalho do ilustrador pela Companhia das Letras.

CONTO CUMULATIVO E NONSENSE

Na história, um animado surfista acaba de entrar em seu carro para ir à praia, mas logo se depara com o primeiro personagem que atravessa seu caminho e seus planos: um mergulhador vestido de noivo, que esqueceu as alianças no fundo do mar e precisa ir até lá buscá-las. Então, ele entra no carro e os dois seguem viagem. Mas não vão longe, pois em seguida encontram um herói cansado de salvar o mundo, que resolve tirar um tempo para descansar no litoral.

Assim, de carona em carona, o carro vai ficando cheio e a história cada vez mais engraçada e rica em detalhes. Recurso narrativo que lança mão da repetição e do ritmo para contar a história, o conto cumulativo é um gênero de tradição literária infantil e faz sucesso entre as crianças por sua possibilidade de interação e humor.

O texto rimado e as ilustrações vibrantes convidam o leitor a imaginar o que vai acontecer na próxima cena, sem esquecer todos os elementos anteriores. Com um rol de personagens inusitados, Carona brinca com o insólito e a imprevisibilidade, ampliando a diversão que resulta dessa forma tradicional de narrativa.

SINOPSE

Pronto para ir à praia para pegar umas ondas, um surfista coloca a prancha no carro e parte animado rumo à aventura. Até que ele dá de cara com um mergulhador pedindo carona. Depois com um herói. Depois com um jacaré. Depois com um ladrão… Nessa narrativa recheada de ilustrações vivas e divertidas, vamos descobrir quantos personagens inusitados cabem no carro desse surfista — e se ele vai ou não chegar à praia no fim dessa viagem tão louca quanto interessante e divertida.

SOBRE O AUTOR

GUILHERME KARSTEN nasceu e mora em Blumenau (SC). Venceu um concurso nacional de desenho em 2010 e a partir daí passou a se dedicar à ilustração de livros infantis. Desde então, tem ilustrado obras no Brasil, na América Latina e na Europa, além, claro, de publicar suas próprias histórias.

E FOI ASSIM QUE EU E A ESCURIDÃO FICAMOS AMIGAS

Teve um momento em que Emicida percebeu que era preciso chegar mais cedo na vida das pessoas, preenchendo vazios e ausências com referências bonitas. Foi esse entendimento que levou o rapper a fazer a sua estreia como escritor, em 2018, com o livro infantil Amoras. Ele acredita que, se falarmos com as crianças sobre as questões importantes da vida, elas se tornam mais fortes na hora de enfrentar as maldades do mundo. É justamente a aflição na escuridão, que é tão dura a ponto de calar a sede de aventura, que se torna tema central do segundo livro do artista. E foi assim que eu e a escuridão ficamos amigas tem ilustrações de Aldo Fabrini e chega ao mercado no mês de outubro pela Companhia das Letrinhas. A pré-venda tem início no dia 21 de setembro, exclusivamente no site da Laboratório Fantasma: http://bit.ly/EmicidaLivroEscuridão

Foi em uma noite em claro, durante uma viagem ao Vietnã com a família, que Emicida se debruçou sobre papel e caneta para fazer rimas sobre a escuridão. Quando o dia amanheceu, o novo livro infantil estava pronto. A experiência da paternidade colaborou na rapidez do processo criativo. “Minha filha mais velha já não tem medo do escuro, mas a mais nova ainda tem. Pensando nos momentos em que ela acorda e temos que passear pela escuridão cantando baixinho, ficou muito mais fácil escrever o livro”, revela Emicida.

E foi assim que eu e a escuridão ficamos amigas é uma aventura que se desenvolve envolta por sentimentos que assombram. Na jornada, as personagens se deparam com o desconhecido e se encontram com a personificação do medo e da coragem. “Quantas coisas bacanas deixamos de fazer por medo?”, questiona Emicida em uma indagação que se estende aos adultos. Ele ressalta, contudo, a importância de enxergar as diferentes imagens às quais o sentimento pode estar ligado, para além daquelas sugeridos em filmes de terror. “É o medo que faz a gente ser cuidadoso com a realidade. Existe o medo de magoar alguém, por exemplo. Por isso, ele surge na história como um conselheiro muito preocupado. Mas assim como todo bom amigo, ele também tem de saber a hora de ficar quieto”, define.

Dessa forma, o livro propõe que o medo não seja visto como algo naturalmente mau, mas como uma coisa que precisamos colocar no devido lugar. E nos convida a entender a sua importância sem deixá-lo ocupar o centro da nossa existência — para, assim, abrirmos o caminho para a felicidade.

Por mais que o livro tenha sido concebido nos últimos dias de 2019, em um período em que a pandemia do novo coronavírus ainda não tinha chegado ao Ocidente, é inevitável não fazer uma relação do seu conteúdo com o atual momento. “Refleti muito sobre a importância de fazermos as pazes com todos os nossos sentimentos. Inclusive, com esses tidos como menos nobres”, pontua Emicida. “Falar sobre isso agora é uma forma de reorganizar as nossas emoções. É importante pacificar o nosso interior de uma forma urgente, principalmente as crianças, porque os pequenos sabem e sentem absolutamente tudo o que está acontecendo. Temos que falar com eles sobre isso considerando a sua grande capacidade de percepção”, conclui.

SOBRE O AUTOR

Desde que lançou a sua primeira mixtape, em 2009, o rapper construiu uma trajetória que foi conduzida como um experimento social. Assim, não limitou a sua arte à música. Por meio da Laboratório Fantasma, empresa que surgiu para gerenciar a sua carreira, mas que hoje atua como plataforma de conteúdo transformador, ele deixa a sua marca na música, na moda, na literatura, na sociedade e em todo projeto a qual se dedica. Rapper, escritor, empresário, apresentador e pensador contemporâneo, Emicida lançou o seu primeiro livro infantil, “Amoras”, em 2018. No fim de 2019, colocou no mercado um livro em formato de antologia que celebra os 10 anos da sua primeira mixtape. Entre os trabalhos mais recentes está o projeto de estúdio AmarElo (2019), que teve show de lançamento no Theatro Municipal de São Paulo e o elevou ao panteão da música brasileira.

SOBRE O ILUSTRADOR

Aldo Fabrini nasceu em São Paulo, e desde muito novinho adorava desenhar. Criava mundos, universos e super-heróis. Um pouco mais velho, se encantou pelos quadrinhos do Aragonés, Joe Sacco e Guy Delisle. Foi trabalhar com publicidade e propaganda e juntou o desenho com o design. Por fim, a obsessão pela história imagética o levou a contar a narrativas infantis, sempre testando novos traços e recursos. Em 2018 ilustrou “Amoras”, primeiro livro infantil de Emicida, também publicado pela Companhia das Letrinhas. “E foi assim…” dá sequência a essa parceria de sucesso.

Assessoria de Imprensa – Emicida Trovoa Comunicação

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