Como os pais podem ajudar os filhos nos deveres de casa

Especialista lista dicas de como é possível ajudar – mas sem fazer as atividades por eles

Acompanhar a vida escolar dos filhos é uma tarefa essencial para o desenvolvimento acadêmico e pessoal das crianças. No entanto, muitos pais se perguntam até que ponto devem se envolver nos deveres de casa, sem interferir diretamente no processo de aprendizado. Por isso, a especialista em Educação Miriam Dantas, Coordenadora Pedagógica da Mind Lab, elenca algumas dicas importantes de como os pais podem auxiliar de maneira eficaz, incentivando a autonomia dos filhos. Confira:

1 – Criar uma rotina de estudos

Garantir um ambiente adequado para as tarefas das crianças é o primeiro passo. “É fundamental definir um espaço silencioso e sem distrações para que a imersão nos estudos possa ser completa. Parte disso é também estabelecer horários fixos para os deveres de casa”, explica Miriam. “Essas ações ajudam a criança a focar nas atividades e a desenvolver o hábito de estudar de maneira regular, criando um hábito diário”, complementa.

2 – Incentivar a autonomia

Ajudar os filhos também tem seu limite. “Uma ajuda é uma ajuda e não deve representar a entrega de respostas prontas”, destaca a especialista, ressaltando a necessidade dos pais em promover autonomia às crianças na resolução das tarefas. “O estímulo ao raciocínio é fundamental nesse momento. Perguntas simples podem ajudar: ‘como você acha que isso pode ser resolvido?’ ou ‘qual foi o último passo que você tentou?’. Essas atitudes servem de combustível para que os filhos pequenos consigam pensar com autonomia”, observa.

3 – Disponibilidade para esclarecer dúvidas

A Coordenadora Pedagógica da Mind Lab explica que os pais precisam se mostrar disponíveis para auxiliar em caso de dúvidas, mas com cuidados: “novamente, em vez de chegar com respostas diretas, o ideal é ajudar a criança a refletir sobre o problema e orientar a buscar soluções e possíveis fontes para pesquisa, como livros, sites confiáveis ou até mesmo as anotações de sala de aula”.

4 – Valorizar a responsabilidade

Miriam é enfática em esclarecer sobre as responsabilidades de cada um nessa tarefa. “Aos pais, cabe o papel da supervisão. Às crianças, a consciência sobre a necessidade de fazer o dever. Surge, então, outro dever do adulto: deixar claro ao filho que se trata de uma missão liderada e administrada por ele e que pode contar com seu apoio”, enfatiza.

5 – “Errar é humano”: importante entender os erros e sugerir correções

Pode ser difícil para muitos pais verem os filhos errando, mas essa é uma parte essencial do aprendizado, como reforça Miriam: “quando a criança não acerta um exercício, é importante que os pais a incentivem a tentar novamente, compreendendo o processo de correção como um passo natural para o entendimento do conteúdo”.

6 – Acompanhar a jornada escolar

Manter canal aberto com os professores é fundamental para que os pais possam compreender o que é esperado da criança e como eles podem ajudar sem interferências problemáticas. Miriam finaliza as dicas: “em muitos casos, os educadores podem fornecer orientações sobre como os pais devem lidar com os deveres de casa, além de alertar sobre possíveis dificuldades que a criança possa estar enfrentando”.

Sobre a Mind Lab

A Mind Lab existe para transformar a realidade socioeconômica e educacional do Brasil, fomentando um ecossistema comunitário e criando sinergias entre projetos que contribuem para reduzir as desigualdades educacionais e tirar famílias da linha da pobreza. Educar para o futuro e resolver os débitos do passado é a nossa missão.

Por meio do Programa MenteInovadora e da eduK, unidades de negócio com propósitos de transformação social voltadas para a redução das desigualdades na educação e na geração de renda, sobretudo com foco nas pessoas em situação de vulnerabilidade socioeconômica, a Mind Lab já impactou mais de 16 milhões de pessoas. O MenteInovadora desenvolveu 7,3 milhões de pessoas, capacitando 210 mil professores em 17 Estados brasileiros, enquanto a eduK alcançou mais de 9 milhões de pessoas.

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