No texto de hoje, a Psicóloga Jéssica Suzana fala sobre a importância de ser um pai presente e protagonista de sua função.

Confiram!

Por Jéssica Suzana

Paternidade: conexão ativa e protagonista

Acredito muito no poder da conexão com o outro, da presença e na potência das relações em vida, afinal, o que as sustenta é a nossa capacidade de conectar a alguém com integridade e com sentido.

Podemos observar que desde nosso nascimento essa ligação com o outro está presente: um exemplo claro é o cordão umbilical, que é responsável pela nutrição do feto; sendo assim, podemos pensar nesse aspecto nutritivo como o alimento do vínculo entre mãe e bebê. Portanto, o poder de nos unir vem desde o ventre, mas podemos pensar que essa mesma forma de encontro com o outro vem dos homens das cavernas, que antes mesmo da fala ser criada, esses seres mais primitivos já se comunicavam (e conectavam) por meio da linguagem rudimentar desenvolvida através de gestos, sons, expressões e grunhidos.

Nossos “encontros” nessa vida também são assim, cheios de histórias, gestos (de carinho por exemplo), expressões e “ruídos”. Pensando nessa ideia, deixo algumas perguntas: como tem conectado com seu filho (a)? Quais histórias e expressões de carinho você tem junto dele (a)? E mais, quais “ruídos” você permite entrar na conexão de vocês? Trazer essas perguntas é um meio de refletir sobre suas ações, escolhas, valores e percepção sobre o tempo. Afinal, as perguntas trazem movimento, nos tiram do lugar de conforto para nos levar a uma dimensão mais crítica, reflexiva acerca de quem somos e como desejamos ser para inspirar quem está junto de nós.

Compreendo que, normalmente, dentro da cultura masculina impera a ideia de que as mães é que precisam cuidar e criar os filhos (sim, ainda temos isso). E calma! Também sei e conheço bem, tantos homens que rompem fronteiras desse pensamento irreal e que fazem acontecer tanto quanto sua esposa ou parceira o faz. E há aqueles que são ativos sim, mas no momento que desejam relaxar, logo agendam seu futebol (ou outra prática de descanso) e não dialogam com a mulher sobre (entendendo que estamos falando de ambos serem ativos e responsáveis pelo cuidado dos filhos). Apenas alegam que vão e pronto! Com isso, não percebem que essa mulher também merece descanso e continuam inconscientemente (ou não) se comportando de maneira não colaborativa e alimentando a cultura existente. Então vamos refletir: até quando será apenas um coadjuvante na história de vida dos filhos (as)? Em que momento estará aberto para ser mais protagonista? Pense com carinho, pois quando não são protagonistas de suas ações, escolhas e valores deixam que outras coisas sejam.

Não sei como é a conexão com você e seu filho (a), mas, ultrapasse fronteiras para conectar com mais integridade e não mais pela metade, com sentido e essência e não mais com: “deixa a mulher cuidar, a minha função é só prover”, com vínculo forte e não mais com: “brinca aí, papai está te vendo – e você na verdade está no celular”. Que você tenha uma mente sábia para compreender que tempo não são os segundos que passam no seu relógio, tempo é vida.  Quanto mais seus filhos e toda família criarem espaços de encontros e conexões reais, mais vida vocês terão, memórias afetivas conseguirão guardar e mais almas vão se conectar.

Após essa leitura, retire aquilo que fez sentido para você. Pegue isso, transforme a si, compartilhe e transforme o meio em que vive!

Com afeto,

Jéssica Suzana / CRP 04/47222

Psicóloga que acredita no poder da escrita e no valor que pode agregar as pessoas.

Inspira e transforma vidas através da escuta.

Aprende todos os dias sobre: recomeços, criar possibilidades e ter conexões com sentido.

Venha conhecer “meu mundo”!

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