Esta semana foi comemorado o Dia Nacional do Livro! Como sabem, eu sempre defendo que todas as crianças tenham acesso a livros! Não é só pela leitura, mas pela percepção visual, pela criatividade, pela coordenação motora e, claro, para que possam viajar em belas histórias e sonhar com o mundo que querem no futuro.

E para falar sobre leitura, nada melhor do que um autor! Hoje trago a história de Fábio Monteiro, escritor, graduado em História e Pós-graduado em História, Sociedade e Cultura.

Fábio se encantou pelo mundo dos livros bem cedo. “Com as primeiras leituras e escritas, senti forte emoção pelas histórias. Lembro-me ainda pequeno rabiscar algumas ideias no papel e mostrar para minha mãe que lia em voz alta meus textos. Ser escritor era muito distante de minhas pretensões profissionais, mas foi uma descoberta que realizei ao escrever ‘A menina que contava’ (Editora Paulinas), em 2013, e ‘Como Natureza’ (Abacatte Editorial). Escrever é uma forma de experimentar a liberdade”, conta Fábio.

E em apenas cinco anos de atividade profissional, já são oito livros publicados! “Entre eles, o ‘Cartas a Povos Distantes’ (Editora Paulinas), um dos vencedores do Prêmio Jabuti 2016 e agora selecionado para o PNLD Literário 2018. Tenho o blog comohistorias.blogspot.com que o leitor poderá encontrar todos os livros e suas resenhas”, destaca o autor.

Neste ano, Fábio acaba de lançar dois livros: “Eu não Sou não” e “Histórias Sopradas em Vento”. “Tenho a felicidade de publicar dois livros completamente diferentes com duas grandes ilustradoras. Começo falando do livro ‘Eu não Sou não’ (Editora Gato Leitor), ilustrado por Ionit Zilbelman, uma brincadeira de imagens e palavras em que o leitor é convidado a participar de um jogo imaginativo de ser e não ser muitas coisas. Um livro muito divertido para aqueles que pensam que podemos ser o que quisermos com nossa imaginação. Já o ‘Histórias Sopradas em Vento’ é uma narrativa poética sopradas em brisa em meus ouvidos e que tiveram as ilustrações delicadas e tropicais da Anelise Zimmerman e que colorem a vida da personagem com sopros de muitos lugares, até das grandes navegações do século XV e do seu primeiro amor, também trazidos por ventos fortes de palavras e silêncios”, relata Fábio.

Sabemos da importância da leitura na infância, afinal, os hábitos são criados desde cedo. Fábio destaca que “ler para uma criança, escutá-la lendo ou mesmo oferecer livros de qualidade para ela é uma ação imprescindível na formação humana. As histórias são lugares de muitas conversas, e sempre que uma criança faz a leitura e se identifica com os personagens narrados ou ilustrados quer compartilhar com quem confia. Esse encontro do texto com as crianças permite vários diálogos em que os adultos precisam abrir sua escuta para compreender como eles agem no imaginário de suas crianças. É um exercício antes de tudo de saber escutar e saber dialogar”.

Outro ponto importante é que “a leitura pode ser o primeiro passo para iniciar bons diálogos. É caminho para boas conversas e possibilidades de eliminar preconceitos e exclusões. A leitura não muda o mundo, mas o leitor que é capaz de mudar velhas estruturas, sistemas equivocados, políticos ineficientes, governos corruptos e combater a violência do dia a dia. Sempre reafirmo que na minha estante de livros tem espaço para livros bons e ruins, mas não há prateleira para censura de livros. Na minha opinião, tudo deve ser lido e discutido, e penso que esse seja o caminho para um boa formação leitora”, afirma Fábio.

Para os pais, é fundamental que tenham tempo para ler e contar histórias com as crianças. Como ressalta o autor, “a leitura para os filhos é uma excelente oportunidade de encontros com suas imaginações, afetos que as boas histórias trazem com as interpretações diversas e os sentidos que elas podem trazer para cada leitor. Ouvir histórias dos pais ou de um adulto afetuoso leva as crianças ao acolhimento merecido. É um exercício fantástico de dar e receber carinho, é gesto amoroso compartilhado na coletividade”.

Por fim, Fábio deixa uma mensagem para todas as famílias: “a maior herança que vocês podem deixar para seus filhos são as suas atitudes. Sejam exemplo de bons leitores e contribuam para que eles aprendam a ler também”.

Ler é mágico! Tire um tempo todos os dias para ler com seu filho! Tenho certeza que você não vai mais querer parar!

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