Muitas mulheres, quando demoram a engravidar, ficam se questionando se são inférteis. No artigo de hoje, a especialista em Reprodução Assistida e diretora clínica da Life Search, Dra. Cláudia Navarro, explica quais são os exames que podem ser feitos para diagnosticar a infertilidade.

Confiram!

Por Dra. Cláudia Navarro

Quais exames devo fazer para saber se sou infértil?

Diversos fatores podem contribuir para a infertilidade. Há pelo menos nove exames que ajudam a esclarecer os motivos

Se você está há mais de um ano tentando ter um bebê, mantendo relações sexuais frequentes, sem métodos contraceptivos e ainda não conseguiu engravidar, é aconselhável buscar ajuda profissional.

“É fundamental entender se, de fato, existe um problema e onde ele está. Alguns exames ajudam a saber se você ou seu(sua) parceiro(a) são inférteis”, explica a especialista em Reprodução Assistida, Cláudia Navarro, diretora clínica da Life Search.

A médica lembra que a chance de ser infértil é a mesma para o casal. “35% para mulher, 35% para o homem, em 20% dos casos ambos têm algum problema e em 10% não há causa aparente”, comenta Cláudia Navarro.

A seguir, conheça nove exames, para homens e mulheres que atestam a infertilidade e apontam o caminho a ser seguido para realizar o sonho da gravidez:

  1. Pesquisa hormonal básica: serve para medir a produção de hormônios como FSH, prolactina e TSH. “O objetivo é descartar alterações que podem modificar todo o funcionamento do corpo”, explica Cláudia.
  2. Ultrassom endovaginal: usado para verificar se há problemas na anatomia do órgão reprodutor feminino que podem impedir uma fecundação.
  3. Ultrassom seriado ou Rastreamento de Ovulação: é o ultrassom endovaginal feito de forma sequenciada, por 3 ou 4 vezes. Ele serve para acompanhar a ovulação e ajuda a calcular o dia fértil.
  4. Histerossalpingografia: realizado a partir da aplicação de contraste através do canal vaginal, combinado com uma série de raios-x. Esse exame verifica integridade morfológica e funcional das tubas e da cavidade uterina. “O nome costuma assustar as pacientes, mas é um exame geralmente indolor”, pondera Cláudia Navarro.
  5. Videolaparoscopia: esse é um procedimento cirúrgico indicado após a suspeita inicial de alterações tubárias e aderências pélvicas, feitas geralmente pela histerossalpingografia. “Vale ressaltar que não é uma indicação para todas as pacientes, apenas para aquelas com suspeita de alterações tubárias ou endometriose”, pondera a especialista.
  6. Video histeroscopia: é feito com a passagem de uma microcâmera pela vagina e pelo colo do útero, para detectar a existência de alterações como miomas, pólipos, processos inflamatórios, malformações e aderências. “Esse exame também tem indicações específicas”, alerta.
  7. Cariótipo com banda G (homem e mulher): realizado a partir de coleta de sangue, ele pesquisa a integridade cromossômica do casal, com o intuito de identificar problemas genéticos como mosaicismos, translocações e aneuploidias. Só é realizado em situações específicas.
  8. Espermograma: analisa volume, concentração (quantidade), motilidade (qualidade) e morfologia  dos espermatozoides produzidos.
  9. Ultrassom de testículos: avalia presença de varicocele ou outras alterações que podem estar relacionadas com infertilidade. Também apresenta indicações específicas, não devendo ser feito em todos os pacientes.

Vale lembrar que existem inúmeros fatores que dificultam a concepção. “A partir das consultas e análises de exames, o especialista em reprodução assistida vai reconhecer esses fatores e apontar os possíveis tratamentos para o casal que deseja ter filhos”, salienta a especialista. “Devemos lembrar que, como tudo em medicina, a indicação dos exames, assim como o tratamento ideal, deve ser individualizada”, finaliza.

Sobre Cláudia Navarro

Cláudia Navarro é especialista em reprodução assistida, diretora clínica da Life Search e membro das Sociedades Americana de Medicina Reprodutiva – ASRM e Europeia de Reprodução Humana e Embriologia – ESHRE. Graduada em Medicina pela UFMG em 1988, titulou-se mestre e doutora em medicina (obstetrícia e ginecologia) pela mesma instituição federal.

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