No texto de hoje, a especialista em Reprodução Assistida Dra. Cláudia Navarro fala sobre o dia ideal para a mulher fazer o teste de gravidez, após um atraso menstrual.

Confira e veja se já é hora de fazer o seu!

Por Dra. Cláudia Navarro

Menstruação atrasada? Saiba o dia ideal para fazer o teste de gravidez!

Especialista explica como deve ser o cálculo para saber o dia em que o teste tem mais chances de estar correto

Quem está tentando engravidar sabe bem o que uma menstruação atrasada pode significar. Ao menor sinal de atraso, geralmente, a primeira coisa que a tentante pensa é: “vou fazer o teste de farmácia”. Entretanto, é necessário saber o dia ideal para fazer o teste, pois se realizado muito no início, ele pode dar um resultado comumente chamado de “falso negativo”.

Segundo a especialista em reprodução assistida, Cláudia Navarro, é comum que mulheres que iniciaram ciclos de reprodução assistida, ou mesmo as que ainda não buscaram ajuda médica, tenham sempre um teste de farmácia em casa. “O desejo de engravidar é grande, então fazer esses testes, em alguns casos, chega a ser algo frequente”, comenta a médica.

Então, qual o dia ideal?

Cláudia explica que o dia ideal para que o resultado tenha maior chance de estar correto vai depender de algumas variáveis. E alerta: “Ansiedade não combina com resultado positivo”. Além disso, é preciso conhecer o passo a passo de uma gravidez.

Normalmente, as mulheres ovulam por volta de 14 dias antes do fim do ciclo (quando chega a menstruação), independente da duração desse ciclo. Essa ovulação dá sinais, como sensibilidade nas mamas, maior desejo sexual e aumento de muco vaginal. Esse dia é o dia ideal para a relação sexual.

“O óvulo vai viver por cerca de 24 horas e é nesse período que ele deve ser fertilizado”, orienta a médica. Considerando que houve relação sexual e o óvulo foi fecundado, esse óvulo fertilizado vai se mover pelas trompas de Falópio em direção ao útero e se implantar após cerca de 6 a 12 dias. “Nesse processo, as células passam por aquela conhecida multiplicação que dará origem ao embrião e ao trofoblasto, que posteriormente se transformará em placenta”, explica.

“Então, só depois disso é que o organismo começará a produzir o HCG, hormônio que é detectado nos exames de gravidez”, diz. “É por isso que, em casos de Inseminação Intra Uterina (IIU), por exemplo, nós recomendamos a realização do teste após cerca de duas semanas do procedimento”, lembra Cláudia Navarro. “Já na Fertilização in Vitro (FIV), como transferimos o embrião em um estágio mais avançado, o resultado poderá se positivar  mais cedo. É importante seguir as orientações do seu médico sobre a época ideal de realizar o exame”, comenta.

Tem que aguardar!

Em resumo, é necessário memorizar o dia da relação sexual (observando se estava no período fértil) e aguardar cerca de 14 dias, no mínimo, para realizar o teste. “Apesar disso, se a mulher tiver um ciclo desregulado por algum motivo, como acontece com portadoras de Síndrome dos Ovários Policísticos, é possível fazer um cálculo errado”, pondera.

Por isso, nesses casos, muitos médicos orientam que as pacientes o realizem com cerca de 14 dias após a provável ovulação.  “A gente entende que a ansiedade é grande, mas antes de ser possível detectar o HCG, o teste dará negativo e pode ser motivo de uma frustração desnecessária”, diz.

E quando os testes se tornam rotina?

A especialista lembra que se a mulher conhece bem o seu corpo e sempre faz o cálculo correto, a chance de gravidez é alta. “Mas se ela está há mais de um ano fazendo isso e os testes de gravidez negativos se repetem todo mês, é hora de buscar um especialista médico”, alerta.

Segundo Cláudia, diversos fatores podem dificultar a gravidez e indicar infertilidade. Assim, mesmo que a mulher esteja fazendo tudo corretamente, ela não irá engravidar sem ajuda de um especialista. “Questões hormonais podem atrapalhar a ovulação, bem como doenças, fator idade e condições anteriores podem dificultar a gravidez. Inclusive o parceiro deve realizar um espermograma para observar possíveis alterações”, lembra.

Sobre Cláudia Navarro

Cláudia Navarro é especialista em reprodução assistida, diretora clínica da Life Search e membro das Sociedades Americana de Medicina Reprodutiva – ASRM e Europeia de Reprodução Humana e Embriologia – ESHRE. Graduada em Medicina pela UFMG em 1988, titulou-se mestre e doutora em medicina (obstetrícia e ginecologia) pela mesma instituição federal.

Assessoria de Imprensa: Hipertexto Comunicação Empresarial

Contato: carolina.canalinfantil@gmail.com

Instagram: @canalinfantil

Facebook: @canalinfantiloficial