Muitas mulheres sofrem com a chamada endometriose. Fatores imunológicos, genéticos e hormonais estão associados ao surgimento da doença. Mas, afinal, o que é endometriose?

A endometriose é uma doença que acomete até 10% das mulheres em idade reprodutiva, com focos mais comumente encontrados nos ovários e órgãos da pelve. No caso das mulheres com dificuldade de engravidar, a prevalência da endometriose pode chegar a até 47%.

É uma doença inflamatória que ocorre quando o tecido que reveste o útero (conhecido como endométrio), se expande fora dele, chegando a lugares onde não deveria crescer, como nos ovários e na cavidade abdominal. Esse distúrbio pode surgir a partir da primeira menstruação. O verdadeiro motivo para o desenvolvimento da doença ainda não é totalmente claro no meio científico, porém é sabido que fatores imunológicos, genéticos e hormonais estão associados ao surgimento da doença.

Sintomas
Os sintomas da endometriose podem variar muito de mulher para mulher, sendo que a dor associada à menstruação ocorre em mais de 80% dos casos. Em geral, o quadro começa ameno e tende a se intensificar na medida em que se passam os anos da vida reprodutiva, tornando-se cada vez mais frequente, com episódios de dor fora do período menstrual e durante a relação sexual. Sintomas mais comuns:

• Dores pélvicas, assim como durante a relação sexual;
• Menstruações dolorosas;
• Fluxo intenso e alterações no hábito intestinal (diarreia ou obstipação) e urinário indicam a possível presença dessa patologia.

Endometriose e infertilidade
O grande problema da infertilidade associada à endometriose está exatamente na falta de se estabelecer um único mecanismo de ação da doença sobre o processo reprodutivo. É provável que ela exerça influências negativas sobre a saúde dos óvulos e espermatozóides, fertilização, formação do embrião e sua implantação no útero.

“Com o diagnóstico precoce, as mulheres que apresentam a doença têm opções de tratamento que minimizem os impactos no bem-estar diário e possibilitem a programação de uma gravidez com tranquilidade. Em caso de diagnóstico tardio, as trompas, que são responsáveis por conduzir o óvulo ao útero, podem ser comprometidas e os hormônios e o sistema imunológico alterados, dificultando uma gravidez” – conta a especialista Maria Cecília Erthal, diretora médica do Vida Centro de Fertilidade.

Maternidade e tratamento
Segundo dados da Febrasgo, de 30 a 50% das mulheres com endometriose podem ter dificuldade de engravidar, mas apesar da complexidade da doença, é possível efetuar um tratamento adequado que permita manter aceso o sonho da maternidade. Entre as opções de tratamento clínico mais utilizadas está o uso de pílulas contraceptivas orais que reduzem a cólica menstrual e a dor pélvica. Assim como a maioria das questões relacionadas à saúde da mulher, a melhor forma de prevenir o agravamento da endometriose é com a conscientização para que se chegue ao diagnóstico precoce. “Embora ainda não exista a cura da doença, o tratamento disponível possibilita uma rotina com qualidade de vida, bem-estar e planejamento familiar para a realização da maternidade” – explica Maria Cecília.

Assessoria de Comunicação: Sallum Comunicação Estratégica