Outro dia, conversando com uma mãe, ela me falou da dificuldade de conversar com o filho sobre as diferenças entre as crianças. Todos nós somos diferentes! E não falo aqui só sobre deficiência física, mas das características diferentes, pensamentos diferentes, alturas diferentes e por aí vai. E é muito importante que as crianças saibam que nenhuma pessoa é igual!

Por isso, hoje trago um texto muito bacana da Psicóloga e Educadora Parental, certificada pela Positive Discipline Association, Lucinda Mendonça, que fala sobre inclusão!

Confiram e ensinem mais sobre inclusão a seus filhos!

Por Lucinda Mendonça

Por que temos tanta dificuldade em falar sobre deficiência para nossos filhos?

O mês de setembro é dedicado à inclusão social. Essa campanha é chamada de setembro verde.

No Brasil, segundo o IBGE, cerca de 23% da população é portadora de alguma deficiência.

Como falar sobre esse assunto com os nossos filhos? Com naturalidade. Você tem alguma dificuldade em explicar para o seu filho por que o coleguinha nasceu com olhos azuis e ele não? Então por que tanto medo em falar que o coleguinha com síndrome de down ou com paralisia cerebral nasceu assim.

Muitas vezes esse medo está relacionado a um sentimento de pena da criança e daquela família e ao invés de agir com naturalidade e mostrar para seus filhos que aquelas crianças são lindas do jeito que são, incentiva-se o preconceito e a exclusão não falando nada ou tirando os filhos de perto.

Trabalhei algum tempo com crianças com câncer e com crianças com paralisia cerebral e o que mais me impressionava era os relatos dos pais quanto ao o que eles ouviam das pessoas na rua. Muitos diziam que não saiam de casa com os filhos porque em todos os lugares que iam a criança sofria algum tipo de preconceito.

A curiosidade faz parte da essência da criança, se ela vir algo diferente, ela vai querer saber do que se trata. Não tenha medo de explicar que aquela criança tem uma condição diferente, mas que é tão especial quanto o seu filho e que gosta das mesmas coisas que ele como brincar, assistir desenhos, tomar sorvete, etc. E se possível leve seu filho até aquela criança e deixe ele interagir com ela.

As crianças deficientes e suas famílias necessitam de acolhimento. Ao invés de virar a cara, fingir que não viu, tirar seu filho de perto ou mandar seu filho falar baixo; dê um sorriso, vá até eles e converse, brinque com a criança. Mas faça isso de coração aberto e não por pena. Afinal temos que ter pena de nós que somos considerados normais e não conseguimos conviver bem com as diferenças.

 

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